PF investiga vazamento prévio em ações de operação
Investigadores da Polícia Federal em Marília acreditam que as informações da Operação Miragem, que tiveram como personagens principais membros e aliados da família Camarinha, foram repassadas a investigados antes da ação da polícia.
A operação investiga crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, sonegação fiscal, atividade de telecomunicação clandestina e evasão de divisas.
O grupo de comunicação Central Marília Notícias (CMN) foi o principal alvo da ação. A CMN (complexo que abriga as rádios Diário e Dirceu, e o jornal Diário de Marília), é suspeita de ocultar políticos que são os reais proprietários do grupo.
Outra suspeita é de que dinheiro público desviado de Marília estava sendo enviado para o exterior através da CMN [entenda aqui].
Na última quarta-feira (10), agentes da PF percorram vários endereços comerciais e residenciais na cidade, fazendo diversas apreensões de materiais e dinheiro.
A reportagem do Marília Notícia apurou que em alguns desses endereços houve uma ‘limpeza’ horas antes da ação e isso pode ter atrapalhado a obtenção de provas.
O vazamento teria ocorrido tanto para os alvos da ação da polícia, quanto para os interessados nessa ação. Membros da oposição do prefeito Vinícius Camarinha já sabiam da operação antes dela ser deflagrada.
Até a manhã desta sexta-feira (12), três pessoas continuavam foragidas da Justiça Federal.
Carlos Francisco Cardoso, ex-dono da Central Marília Notícias, detido na quarta, foi solto após prestar depoimento. Já Sandra Mara Norbiato, atual dona da CMN e suposta ‘laranja’ de políticos que seriam os reais proprietários do grupo, continua presa em Ribeirão Preto e deve ser ouvida em breve.
Vale lembrar que o deputado estadual cassado Abelardo Camarinha negou envolvimento no esquema.