Perícia não consegue aferir velocidade de carro que matou motociclista
O Instituto de Criminalística (IC) concluiu o laudo pericial sobre a morte de Lucas Fernando Fonseca de Carvalho Silva, de 32 anos, e não conseguiu avaliar a velocidade do veículo Honda Civic, conduzido por Caio Fernando Gonçalves, de 33 anos, morador da cidade de Oriente. O acidente de trânsito aconteceu no final de outubro do ano passado, na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Marília.
De acordo com o laudo pericial, não foram observadas – no veículo Honda CG160, na pavimentação e nas sinalizações – anomalias que pudessem justificar o ocorrido. As velocidades dos veículos envolvidos não puderam ser calculadas devido à completa ausência de vestígios de derrapagem e/ou frenagem antes da colisão.
“A aferição da velocidade estimada do veículo em questão exigirá a condução de novos exames no local do acidente e a análise das imagens disponíveis. Esses procedimentos serão abordados detalhadamente em um laudo pericial complementar”, afirma a perícia.
Diante da necessidade de realizar novas diligências, inclusive com a expectativa da realização de complementação pericial para tentar aferir a velocidade dos veículos envolvidos no acidente, a Polícia Civil pediu a prorrogação do prazo para seguir com as investigações.
A família de Lucas Fernando Fonseca de Carvalho Silva lançou a campanha Justiça por Lucas. O objetivo é pedir a punição do motorista que causou o acidente e fugiu sem prestar socorro.
CASO
O motociclista de 32 anos morreu em acidente ocorrido na noite do dia 28 de outubro do ano passado, na SP-294, na zona oeste de Marília.
Filho de Roberto Carlos Gonçalves, atual secretário de Esportes de Oriente e proprietário do carro envolvido no acidente, Caio teria confessado o atropelamento.
O suspeito teria relatado que trafegava pela SP-294, quando sentiu o impacto da batida, sem saber se havia atingido um animal que cruzava a pista. Em sua versão, disse para a Polícia Civil que soube da morte apenas no dia seguinte, por meio da imprensa.
No depoimento, o autor afirmou ainda que sentiu medo e por isto teria abandonado o local do acidente e ido para Oriente, até a casa de um amigo. Depois retornou para Marília, onde abandonou o carro que estava usando no quintal da casa de um desconhecido.