Pedágio da SP-333 irá ficar fora de Marília
O prefeito Daniel Alonso (PSDB) e secretários municipais receberam o presidente da Entrevias Concessionária de Rodovias S/A e sua equipe na Prefeitura esta semana, para definição do cronograma de conclusão das obras na rodovia SP-333, em Marília.
Os empresários anunciaram que os 12,6 quilômetros de duplicação da SP-333 no município devem ser entregues ainda no primeiro ano de contrato. No total, estão previstos 200 quilômetros de duplicação e investimento de R$ 3,9 bilhões nos próximos 30 anos.
Participaram da reunião o diretor presidente da Entrevias, Sergio Ray Santillan, o diretor financeiro Davi Mota e os secretários de Planejamento Urbano Rubens Ishii e José Alcides Faneco, secretário da Administração.
“Foi uma honra receber o presidente dessa grande empresa. Sentimos o quanto os serviços dela vão beneficiar nossa população, principalmente quem percorre esse trecho da SP-333, perto dos nossos distritos e chácaras”, disse Daniel Alonso.
No próximo dia 29 pela manhã, no Hotel Estoril, um evento marca a vinda da empresa para Marília. Posteriormente se dá o início aos trabalhos na cidade.
Obras em Marília
Outras melhorias a serem concluídas no primeiro ano são a implantação de 5,1 quilômetros de marginais, 10 bases de Serviço de Atendimento ao Usuário e oito passarelas no segmento da SP-333 que passa por Marília.
A empresa promete também 14 quilômetros de ciclovia paralelas com a estrada. “A concessionária irá equipar a rodovia com wi-fi ao longo de toda a malha a fim de levar ao usuário informações sobre o sistema, atualizando-o, por exemplo, sobre a situação do trânsito”, disse a Artesp em nota.
As obras em Marilia devem começar ainda no mês de julho.
Alívio para distritos
Segundo a Entrevias, a instalação de uma praça de pedágio que estava prevista dentro do município de Marília não vai acontecer. Ela ficará logo após os distritos de Dirceu e Rosália, no entroncamento das rodovias SP-333 e BR-153, não prejudicando a população destes locais.
“Desde o começo do nosso governo fizemos várias reuniões em São Paulo com nossos vereadores onde lutamos para que isso não acontecesse, e graças a Deus fomos beneficiados, a praça de pedágio não ficará dentro das imediações do nosso município”, disse Daniel Alonso.
A cobrança de pedágio só poderá começar depois de realizadas e aprovadas pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), uma série de obras iniciais, no valor de R$ 98,3 milhões.
Quando houver a liberação, a concessionária terá que estar pronta para conceder 5% de desconto na tarifa para quem utilizar o pedágio automático.
Também está prevista a possibilidade de tarifas flexíveis, com preços menores nos horários de menor demanda de tráfego.
Dinheiro pelo ralo
Vale lembrar, que antes da privatização, as obras de duplicação e melhorias deveriam ter sido entregues pelo governo estadual de Geraldo Alckmin em fevereiro de 2015.
Com o trabalho paralisado, a ação do tempo – erosão por vento e chuvas, além da circulação de veículos – agiu sobre os 88,5% dos serviços que já haviam sido concluídos, segundo informações oficiais.
Apensar de faltar “tão pouco” – 11,5% – para a conclusão, o Estado rescindiu o contrato com a construtora para o edital licitado por R$ 79,9 milhões, “tendo em vista que a rodovia é objeto do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado”, conforme declarado em 2016.
Briga do pedágio
O Ministério Público Federal briga pelo pedágio que será instalado. O órgão pede que a Artesp reveja a cobrança de tarifa para motoristas que utilizam a estrada para seguir pela Transbrasiliana (BR-153, onde as duas rodovias se sobrepõem por 25 quilômetros.
O edital permite à futura concessionária a fixação da tarifa em R$ 6,15, “valor desproporcional para a curta distância a ser percorrida até a Transbrasiliana”, diz o MPF. O caso deve ter inúmeras batalhas na Justiça.