Papel na reforma da Previdência agora é do Congresso, diz Marinho
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, defendeu nesta quinta-feira, 21, a decisão do governo Jair Bolsonaro de incluir, junto da proposta de reforma da Previdência dos servidores das Forças Armadas, um projeto de reestruturação da carreira militar. Ao mesmo tempo, Marinho disse que “não há nenhuma margem” para tratar de reestruturação semelhante para qualquer outra carreira.
Para Marinho, a reestruturação para os miliares se justifica porque, nos últimos 20 anos, os militares foram a única carreira do serviço público federal que não passou por reestruturação de cargos e salários. Questionado se as corporações de outras categorias do serviço público federal não poderiam atuar junto aos parlamentares para incluírem reestruturações semelhantes junto à tramitação da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência, Marinho disse que “pressão de corporações” sempre houve.
“O papel agora é do Congresso Nacional”, afirmou o secretário a jornalistas, pouco antes de participar da sessão de encerramento da a 53ª Convenção Nacional de Supermercados, promovida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no Rio.
Ao terminar a entrevista, Marinho foi questionado se, após o término do envio da PEC e dos projetos de lei associados, ainda seria possível prever a aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre, mas o secretário evitou responder, alegando que precisava seguir para a cerimônia de encerramento do evento.