Papa demite padre que atuava na Catedral São Bento em Marília
O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, anunciou em circular publicada nesta terça-feira (7) que o padre Clécio Ribeiro, afastado da reitoria da Catedral de São Bento em 2015, foi demitido pelo Papa Francisco.
O documento fala apenas em denúncias graves, mas não detalha quais as condutas de Clécio teriam resultado na expulsão.
“A ninguém é lícito lesar legitimamente a boa fama de que alguém goza, nem violar o direito de cada pessoa de defender a própria intimidade”, consta no documento. A decisão do Papa seria “suprema e inapelável” e, portanto, “não sujeita a qualquer recurso”.
Há cinco anos a remoção de Clécio foi envolta em mistério e gerou indignação entre fiéis. Na época a informação oficial foi de que o afastamento era por motivos de foro pessoal, que exigiriam tempo.
“O Romano Pontífice, por meio da Congregação para a doutrina da Fé, após examinar toda situação cuidadosamente, decretou no dia 28 de maio de 2020 a demissão do estado clerical o presbítero Clécio Ribeiro, assim como a dispensa de todas as obrigações referentes à sagrada ordenação”, diz o comunicado da Diocese de Marília desta semana.
Com isso, Clécio não pode “exercer o que é próprio do ministério consagrado do sacerdote” e está dispensado “das obrigações e direitos relativos a esse ministério”.
Mesmo assim, o Papa estimulou Clécio para que “participe da vida do povo de Deus em sua nova condição de vida e que seja motivo de edificação, mostrando-se um filho exemplar da Igreja”.
O bispo pediu ainda que todos “rezem por este irmão e para que as eventuais feridas causadas em si mesmo e nos membros da Igreja sejam curadas pela misericórdia e pelo amor de nosso salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo”.