Pandemia faz governo estadual recuar sobre aulas presenciais
A nova definição do governo de São Paulo para a Educação não deve trazer mudanças no planejamento da Secretaria Municipal de Educação de Marília, mas terá impacto para a rede estadual.
Deixa de ser obrigatório, nas fases vermelha a laranja, a presença dos alunos em sala de aula em 1/3 das aulas, como havia sido decidido pelo Conselho Estadual da Educação. A medida representa um recuo e foi motivada pelo avanço da pandemia.
A mudança foi determinada pelo Centro de Contingência do Coronavírus e fez o Conselho de Educação revisar deliberação que criou a obrigatoriedade. A regra, porém, nunca se aplicou à rede municipal, que já havia decidido por ensino híbrido (duas modalidades), mas opcional aos pais.
“O decreto de Marília, para as escolas do município, sai neste sábado. Publicamos nesta semana uma nota esclarecendo aos pais. No mês de fevereiro voltamos remotamente e em março, presencial”, disse o secretário da Educação de Marília, Helter Bochi.
Já no Estado, a decisão do Conselho Estadual de Educação, com a obrigatoriedade da presença dos alunos em 1/3 das aulas está mantida, mas apenas para as regiões que estiverem nas fases amarela e verde.
“Educação continua sendo prioridade e atividade essencial. Nossas escolas estarão abertas para dar todas as informações às famílias a partir de 1º de fevereiro. E com aulas para nossos estudantes da rede estadual a partir de 8 de fevereiro”, destacou o Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares.
O ano letivo na rede estadual começa em 8 de fevereiro e novas orientações poderão ser expedidas pelo Conselho Estadual da Educação, a depender da evolução da pandemia.
Aulas de prevenção
A primeira semana de atividades presenciais, segundo Rossieli, será voltada ao “acolhimento dos alunos, à prática dos protocolos no ambiente escolar e ao aprendizado do uso das ferramentas tecnológicas”.
Nas duas primeiras semanas, as escolas da rede estadual receberão até 35% de sua capacidade de alunos por dia. Após esse período, se uma região estiver na fase vermelha ou laranja do Plano São Paulo, as escolas poderão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados.
Na fase amarela, elas ficam autorizadas a atender até 70% dos estudantes; e na fase verde, até 100%. Os protocolos sanitários devem ser cumpridos em todas as fases.
Ensino superior
Já as instituições de ensino superior poderão funcionar na fase amarela com até 35% das matrículas, e na fase verde, com até 70%.
Nas etapas vermelha e laranja, elas não estão autorizadas a funcionar. Cursos superiores específicos da área médica têm o retorno presencial autorizado em todas as fases do Plano São Paulo.
Cuidados
A Secretaria de Estado da Educação diz que está tomando todas as cautelas. A pasta adquiriu e distribuiu uma série de insumos destinados tanto aos estudantes quanto aos servidores.
São 12 milhões de máscaras de tecido, mais de 440 mil face shields (protetor facial de acrílico), 10.740 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel e 221 mil litros de sabonete líquido.
O Estado comprou ainda 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel, 100 milhões de rolos de papel toalha e 1,8 milhão de rolos de papel higiênico.