Palmeiras perde para o Inter, mas vai às quartas
As três derrotas consecutivas do Palmeiras na temporada servem como alerta mesmo com a equipe classificada para as quartas de final da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, o time levou de 2 a 1 do Inter, no Beira-Rio, e só avançou graças à bola parada. O velho estilo “Cucabol” salvou a equipe de ser punida pela atuação ruim e escolhas equivocadas na escalação. A vaga veio pelo desempate nos gols como visitante.
A equipe teve em Porto Alegre um meio-campo sem armadores, um zagueiro improvisado no ataque, volantes na defesa e uma noite de futebol desastroso. Já o Inter jogou melhor, mesmo com treinador interino e sob ameaça de exclusão do Brasileiro da Série B como punição por uma suposta falsificação de e-mail.
A vantagem alviverde de 1 a 0 construída no Allianz Parque era magra, é verdade, e faltou uma grande dose de organização para fazê-la durar mais do que só oito minutos. Antes de D’Alessandro aparecer livre na frente de Fernando Prass e abrir o placar, o Inter já havia descoberto o caminho pelo lado direito do ataque. Uma série de sustos pelo setor antecederam o gol e continuaram a se repetir enquanto o time cambaleava em campo.
O Palmeiras conseguiu acordar na bola, mas não no placar. As duas primeiras investidas do time esbarraram em lances polêmicos da arbitragem, com um gol anulado de Róger Guedes e a uma bola na mão de Léo Ortiz após chute de Willian.
A equipe alviverde havia superado o susto inicial e começado a avançar ao ataque quando perdeu Dudu. O atacante sentiu uma lesão e deixou o campo ainda no primeiro tempo, para a entrada de Keno.
A alteração forçada testou ainda mais um Palmeiras já bem modificado. O técnico Cuca escalou o time no 4-3-3, sem armadores de origem, somente com volantes no setor de meio-campo. Porém, diante de uma vantagem aniquilada aos oito minutos e com o primeiro tempo concluído com a derrota em 1 a 0, o segundo tempo trazia como dúvida qual seria a estratégia em campo para evitar a decisão nos pênaltis.
A equipe mudou ao recuar Felipe Melo para defesa e a situação do jogo piorou. O atalho pela direita novamente foi o caminho para o gol do Inter, com Nico López, aos dez minutos do segundo tempo. O resultado passava a eliminar o Palmeiras.
Cuca resolveu logo depois acionar Borja, na última substituição possível. A criação parou de ser um grande problema porque o Inter recuou cedo para garantir o resultado e permitiu o Palmeiras avançar. Uma finalização de Willian acertou a trave e deu a senha para o treinador voltar a apostar em Mina como atacante.
Por sorte do Palmeiras, a improvisação durou pouco. Quase como um presente, uma bola parada, ou seja, um “Cucabol” rendeu o gol de Thiago Santos, aos 34 minutos do segundo tempo. Depois, foi apenas se segurar na defesa. Era a derrota indolor tão sonhada pelo time.
FICHA TÉCNICA:
INTER 2 X 1 PALMEIRAS
INTER – Danilo Fernandes; William (Danilo Silva), Léo Ortiz, Víctor Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado, Edenílson, Felipe Gutiérrez (Brenner) e D’Alessandro; Marcelo Cirino (Eduardo Sasha) e Nico López. Técnico: Odair Hellmann.
PALMEIRAS – Fernando Prass; Fabiano, Edu Dracena (Thiago Santos), Mina e Zé Roberto; Felipe Melo, Jean, Tchê Tchê e Róger Guedes (Borja); Dudu (Keno) e Willian. Técnico: Cuca.
GOLS – D’Alessandro, aos 8 minutos do primeiro tempo. Nico López, aos 10, e Thiago Santos, aos 34 minutos do segundo tempo
ÁRBITRO – Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG).
CARTÕES AMARELOS – Edu Dracena, Felipe Melo, Leo Ortiz, Dudu, Borja, Fernando Prass.
PÚBLICO – 35.766 pagantes.
RENDA – Não disponível.
LOCAL – Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).