Orçamento de R$ 1,7 bi de Marília desafia primeiro ano de governo Vinicius
O prefeito Daniel Alonso (PL) promulgou, com vetos, o orçamento geral do município de Marília para 2025 estimado em R$ 1,7 bilhão. A lei que fixa despesas e receitas foi publicada no sábado (28) no Diário Oficial do Município de Marília (Domm).
A promulgação orçamentária foi a oitava e última de Daniel em seu governo reeleito, iniciado em 2017, e será administrada por seu sucessor, o prefeito eleito Vinicius Camarinha (PSDB), que o havia antecedido no cargo.
Na prática, Vinicius terá o desafio de ajustar seu início de governo ao reparte de recursos definido pelo seu antecessor, com possibilidade de alterar as diretrizes orçamentárias, autorizado pela mesma lei.
Apesar do valor bilionário, o orçamento de Marília para 2025 estima R$ 745,8 milhões apenas para pagamento de servidores, o que corresponde a 43,8%, além de despesas obrigatórias com a Educação (25%) e Saúde (15%).
ORÇAMENTO X PLANO DE GOVERNO
As reservas para despesas especificadas no orçamento por Daniel não atendem exatamente as diretrizes do plano de governo apresentado por Vinicius durante a campanha eleitoral, ainda que válido para os próximos quatro anos.
Apontada pelo prefeito eleito como prioridade em seus primeiros 100 dias de governo, a Saúde não dispõe de recursos específicos para as contratações necessária ao ‘Poupatempo’ de redução de filas de exames.
Vinicius afirmou ter conseguido pelo menos R$ 6 milhões em recurso extraorçamentário para implantar o novo equipamento municipal. A lei orçamentária permite a abertura de créditos adicionais no limite de 15% da receita prevista.
A Secretaria da Saúde é a pasta como maior receita prevista para 2025, com R$ 428 milhões, seguida pelas de Educação (R$ 376 milhões), Planejamento Econômico (R$ 131,8 milhões) e Administração (R$ 128,6 milhões).
VETOS
O prefeito Daniel Alonso (PL) vetou 14 das 110 emendas impositivas pelos vereadores do orçamento de 2025. Foram barradas 11 de Junior Féfin (União Brasil), duas de Eduardo Nascimento (Republicanos) e uma de Evandro Galete (PSB).
Os vetos voltarão à Câmara Municipal para que possam ser mantidos ou derrubados já pela nova composição do Legislativo. Com maioria governista, a decisão dependerá de orientação do Executivo.
As demais emendas devem ser pagas até dezembro de 2025, mediante apresentação de projetos pelas entidades assistidas. Segundo a lei orçamentária, o prefeito eleito utilizará recursos da reserva de contingência.