Um irresponsável apoiado por ingênuos e idiotas
A maior decepção na Câmara Municipal de Marília tem nome e sobrenome: Junior Féfin, o populista, hipócrita e agressivo parlamentar que se elegeu sob a bandeira da malfadada ‘nova política’ nas últimas eleições municipais. Aliás, em que momento o termo virou moda para homens públicos, grupos e parte do eleitorado? A balela já havia sido desmascarada em nível federal e agora se repete em um mandato totalmente irresponsável, imaturo e de baixo nível técnico que Féfin apresenta.
O vereador vem fazendo uma série de denúncias sem embasamento legal e irritou dirigentes públicos e empresários da cidade, com razão. Quantidade não significa necessariamente qualidade e a dificuldade é, hoje, separar o que presta do que é lixo. Féfin vem produzindo em grande quantidade o lixo disfarçado de saudável. Sua conduta traz instabilidade na sociedade e afugenta possíveis investidores para o município, para dizer o mínimo.
E aqui não se trata de falar que tem santo na Prefeitura ou defender a atual administração. O que não pode é o camarada jogar suspeita sobre o nome de tudo e todos os quais ele não concorda. Todo mundo é bandido? Só ele é o certinho? Uma coisa é criticar a atuação do prefeito, papel que ele tem total direito de fazer, outra é acusar metade da cidade sem provas. Os pedidos de Féfin, aliás, já viraram chacota nos bastidores. Dizem que ele protocola como denúncia qualquer corrente de ‘zap zap’. Será?
Quem se deu ao trabalho de ler as denúncias de Féfin sabe do que estou falando. Não coloco minha mão no fogo por ninguém, mas os pedidos beiram o patético pela falta de provas e elementos que possam sequer constituir uma investigação. Em um dos documentos, ele chega a reclamar que Marília está sem direção porque existem muitas placas amarradas nos postes com anúncios para ‘tarô e amarração do amor’. Como diria uma amiga minha lá de Goiás, tem base um trem desse? Por força de lei, a polícia precisa averiguar para não prevaricar. Até melhor que seja assim, que não restem dúvidas.
Em Marília, Féfin já acusou todo mundo. Empresários, políticos, gestores e trabalhadores. Só não olhou para o próprio umbigo, ao que me parece. O atual parlamentar pelo PSL faz série de denúncias de pretensos fatos ou ocorrências que não são apuradas com rigor, no intuito de atingir a reputação de um indivíduo, de um grupo ou mesmo dos poderes constituídos.
Empresários e trabalhadores honestos e de boa reputação na cidade tiveram que passar pela humilhação de terem que ir até a Polícia Civil de Marília prestar depoimentos, depois que o vereador protocolou denúncias contra a atual administração municipal. Essas pessoas em algum momento prestaram serviços de seus negócios particulares para a Prefeitura, em total conformidade com a lei, e por isso tiveram que esclarecer os fatos.
Agora imagina você, que trabalha das 7h às 20h, ter que ir na polícia falar que não fez nada de errado porque um marmanjo sem noção tem pretensões políticas e quer brigar com o atual governo? Faça-me o favor, né?
Além disso, o parlamentar já protagonizou episódios lamentáveis, como pressionar servidores da saúde em plena pandemia, enquanto eles se ‘matavam’ para atender pacientes da Covid. Chegou ao cúmulo de pressionar trabalhadores e médicos para que receitassem o ‘kit covid’, com cloroquina. É mal educado e grosseiro na tribuna, usando expressões chulas contra adversários.
Lembrando que o discurso da denúncia se alastra em uma conjuntura de corrupção, de ausência do Estado, de fragmentação da sociedade e da ineficácia das instituições, coisa que de fato vivemos no país. Vira terreno fértil para a escalada de poder de um irresponsável como Féfin.
Uma sociedade polarizada se torna mais burra, mais autoritária e principalmente, mais fácil de controlar (ao menos um setor). E é exatamente isso que vereador pretende, dominar idiotas e ingênuos com seu discurso de denúncias.
Ele não trabalha contra o sistema. Abram o olho!
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Gabriel Tedde é jornalista com 11 anos de atuação e fundador do Marília Notícia