Operação que identificou jovens ricos no tráfico enfrenta revés
A Polícia Civil do Estado de São Paulo segue nas buscas por 22 pessoas, a maioria de classe média alta – com alguns considerados “jovens ricos” – acusados de tráfico de drogas, identificados na operação SynthLux. Dos réus liberados pela Justiça, apenas um foi recapturado.
Embora bem sucedida por identificar e prender empresários de fachada e estudantes que lucravam alto com o crime, a operação Synthlux – deflagrada em fevereiro com 24 prisões – sofreu revés neste mês, quando 18 foram colocados em liberdade pela Justiça de Marília.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) acolheu recurso do Ministério Público o Estado de São Paulo (MP-SP) e reverteu a decisão do judiciário local. Foi decretada a prisão de 28 envolvidos.
Como alguns já seguiam presos – devido ao flagrante – e outros sequer haviam sido localizados, o saldo atual de mandados a serem cumpridos atinge 22 pessoas, segundo a Polícia Civil.
EM QUALQUER LUGAR
Na sexta-feira (19), agentes da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) voltaram a se deslocar no âmbito da operação Synthlux e prenderam um rapaz de 23 anos, no Centro de Marília. O jovem estava em casa. Segundo familiares, não havia interesse em fugir.
Mas para os demais, a situação é diferente. O trabalho da polícia ganhou agravantes, já que os foragidos têm alto poder aquisitivo e amplas possibilidades de fuga. Além disso, escapam facilmente ao “perfil típico” das pessoas que costumam ser abordadas e revistadas em rondas policiais.
Os envolvidos no esquema têm endereços, inicialmente, nas cidades de Marília, Assis, Ourinhos, Catanduva e Matão. Os nomes não foram divulgados.
A operação recebeu o nome de SynthLux, em referência ao sintético de luxo.