Operação contra criminalidade é realizada em Marília
Moradores do CDHU, na zona sul de Marília, acordaram assustados no começo da manhã desta quarta-feira (15). Uma grande quantidade de policiais civis e militares desencadearam uma operação de combate ao tráfico de drogas e criminalidade por toda a cidade. O conjunto habitacional acabou sendo o primeiro alvo das forças de segurança.
“Acordei com o helicóptero da PM voando muito baixo e com a luz bem forte. Pessoal daqui comentou que 4h30 da manhã os policiais já estavam andando pelos prédios. Bateram na porta de várias pessoas”, relata uma moradora.
Os comandos da Polícia Civil e Militar divulgaram durante o final da manhã, um balanço da operação. Cerca de 200 policiais realizaram 45 buscas por toda a zona sul de Marília, sendo que 22 foram somente no CDHU.
Quatro pessoas foram presas em flagrante durante a primeira etapa da operação. Hebert Willian Zanotti foi detido por contrabando após os policiais encontrarem 1.100 maços de cigarro trazidos do Paraguai em sua residência.
No bairro Parque das Azaleias, Antônia Lacedino Machado, mais conhecida como ‘Toninha’, foi presa por porte ilegal de munição de uso restrito. No imóvel em que mora, foram localizados 5 cartuchos de calibre .40, 25 de calibre 9 milímetros, 10 de calibre 380 e 4 munições de calibre 38.
Ainda no Parque das Azaleias houve um flagrante de tráfico de drogas. Ian Gabriel e um adolescente possuíam 12 pinos com cocaína e acabaram detidos.
Também foram apreendidos por imóveis da zona sul, 2 televisores, placas de veículos, porções de maconha, capuzes e ferramentas que provavelmente eram usadas em furtos.
ORIGEM DA OPERAÇÃO
Segundo o delegado interino da Polícia Civil, José Carlos Costa, a operação é sequência de uma série de casos apurados nas últimas semanas, inclusive o sequestro de um rapaz de 25 anos, levado por criminosos no último dia 25 de junho, no CDHU. O motivo do crime seria desacerto pelo tráfico de drogas.
Na época, os bandidos invadiram o apartamento onde estava a vítima e o levaram após vários disparos de arma de fogo, que assustou moradores e familiares do rapaz.
O jovem, que teria envolvimento com o crime, só foi liberado seis dias depois. A polícia não informou as condições de cativeiro e se houve algum pedido de resgate à família. As investigações seguem sob sigilo.
“NÓS VAMOS PARA CIMA”
De acordo com major da Polícia Militar, Marcos Boldrin, a operação em conjunto mostra o comprometimento da Polícia, seja Civil ou Militar, com a sociedade: “A Polícia Militar tem acompanhado a mudança do comportamento da criminalidade e nesse sentido a articulação entre as forças de segurança coloca à disposição da comunidade um trabalho muito mais qualificado”.
O delegado José Carlos Costa foi enfático ao falar sobre a operação. “Pessoal sabe como trabalhamos. Eles estão achando que vem pra cima da gente? Nós é que vamos pra cima deles”, afirmou.