Ocultação de cadáver fundamenta flagrante; construtor espera audiência

A Polícia Civil de Marília, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), utilizou um crime secundário para garantir a prisão em flagrante do autor de um homicídio ocorrido há mais de um ano. O caso chocou a cidade na tarde desta quinta-feira (28), quando um corpo foi encontrado no quintal de uma casa na zona norte.
A vítima foi identificada preliminarmente como Michele Aparecida da Silva de Moraes, 29 anos. Ela teria sido morta pelo construtor Manoel Messias Cândido, 54 anos, que confessou o crime e foi detido por investigadores da especializada.
Ao constatar a existência dos restos mortais no imóvel, o delegado titular da DIG Marília, Marcelo Perpétuo, prendeu o homem em flagrante pelo crime permanente de ocultação de cadáver. Cândido foi localizado no bairro Vida Nova Palmital, próximo ao Lavínia, também na zona norte.

O indiciado disse estar ciente do registro de desaparecimento feito pela mãe da vítima. Ele afirmou ainda que agiu sozinho e entregou seu celular, que será periciado.
A pena máxima prevista para ocultação de cadáver é de três anos, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo. No entanto, diante dos indícios de homicídio, o delegado deixou de arbitrar fiança e já representou pela prisão preventiva de Manoel Messias, por homicídio e ocultação.
FEMINICÍDIO EM APURAÇÃO
A Polícia Civil investiga as circunstâncias do homicídio, que pode receber o agravante de feminicídio. O enquadramento dependerá da comprovação de que o crime ocorreu em contexto de violência doméstica ou familiar ou em situação de menosprezo ou discriminação contra a condição de mulher.