Ocorrências de caxumba explodem em São Paulo
A cidade de São Paulo já registrou 274 casos de caxumba, nos quatro primeiros meses de 2016, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O número representa um aumento de 568% em relação ao mesmo período de 2015 – com 41 casos entre 1º de janeiro a 30 de abril. Em todo ano de 2015, foram registrados 275 casos.
Os números, no entanto, podem ser maiores. De acordo com a diretriz do Ministério da Saúde, a caxumba não é doença de notificação compulsória para casos individuais. Somente surtos (quando há mais de dois casos relacionados no mesmo local) são notificados.
Assim, os casos de 2016 foram registrados em 39 surtos, sendo 15 deles em instituições escolares, com 80 ocorrências.
No interior do estado, várias cidades também vem registrando aparecimento de casos da doença e não existem explicações para o aumento repentino dessas ocorrências.
A caxumba é provocada por vírus e se manifesta principalmente pelo inchaço das glândulas que produzem saliva que ficam nas laterais do pescoço, abaixo da mandíbula.
Em alguns casos, pode haver complicações como a meningite viral, forma mais branda da infecção que atinge as membranas que envolvem o encéfalo. Outras são a orquite, inflamação dos testículos, e a ooforite, inflamação dos ovários. A caxumba também pode levar à surdez.
Como prevenir?
A prevenção contra a caxumba é simples: tomar a vacina tríplice viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola. A vacina deve ser tomada a partir de um ano de idade em duas doses, com intervalo de um mês entre elas.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) recomenda duas doses para pessoas de todas as idades. Boa parte dos adolescentes e adultos não estão adequadamente protegidos contra a caxumba porque muitos não tomam a segunda dose da vacina.
Neste caso, devem procurar um centro de vacinação para não correr o risco de contrair a doença.