Ocorrência com pipa em cabo de energia cresce 45% em Marília
Com o relaxamento das medidas restritivas, que estavam sendo aplicadas em função da pandemia, e a retomada das atividades, cresce não só o número de crianças e adolescentes brincando nas ruas, mas o de ocorrências causadas por pipas na rede elétrica. Um levantamento divulgado pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) aponta que o ano de 2022 apresentou número recorde de ocorrências.
Em Marília, houve um aumento de 45% nos registros de 2021 para 2022, quando passou de 93 para 135 casos. Na região, o estudo aponta um total de 227 ocorrências no ano passado. A cidade lidera a lista das dez com mais casos, seguida por Ibitinga e Garça.
Confira as dez cidades com mais ocorrências de pipas na rede elétrica na região de Marília:
MUNICÍPIO | 2021 | 2022 |
MARÍLIA | 93 | 135 |
IBITINGA | 18 | 26 |
GARÇA | 30 | 21 |
ITÁPOLIS | 9 | 8 |
POMPÉIA | 1 | 5 |
TABATINGA | 6 | 5 |
JÚLIO MESQUITA | 1 | 4 |
LUPÉRCIO | 0 | 4 |
HERCULÂNDIA | 3 | 3 |
OCAUCU | 6 | 3 |
“Todos os anos, por meio da campanha Guardião da Vida, realizamos ações de conscientização, incluindo atividades em escolas, onde conseguimos falar diretamente com as crianças. Levamos informação e alertas sérios, pois, além de interromper a energia – podendo atingir hospitais e comércios – oferece risco à vida de quem tentar retirar a pipa dos fios”, afirma o gerente de Saúde e Segurança Trabalho do Grupo CPFL, Marcos Victor Lopes.
Os desligamentos e os acidentes causados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados simples. É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, onde também podem acontecer atropelamentos.
É importante, também, não tentar resgatar uma pipa enroscada na rede elétrica e em subestações, pois além de provocar desligamentos no fornecimento de energia pode causar acidentes, com vítimas fatais.
Além disso, vale destacar que no Estado de São Paulo é crime utilizar cerol ou a chamada “linha chilena”, de acordo com a Lei Estadual nº 12.192, de 2006. Por conduzir eletricidade, em contato com a rede elétrica, o material aumenta o risco de choques e descargas elétricas, além de oferecer o risco de rompimento de cabos da rede e provocar curtos-circuitos.
BRINCADEIRA SEGURA
- Empine pipas longe de rede elétrica, em locais onde não exista nenhum tipo de cabo de energia;
- dê preferência a espaços abertos como praças, parques e campos de futebol para usar o brinquedo;
- evite também soltar pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas ou rodovias, locais onde existe fluxo de veículos;
- nunca use cerol ou a linha “chilena”, eles são proibidos por lei no Estado de São Paulo (Lei Estadual – Nº 12.192, de 2006);
- evite as pipas com “rabiolas”, pois elas enroscam nos fios elétricos, desligando o sistema, podendo provocar choques, muitas vezes fatais;
- não utilizar papel alumínio na confecção da pipa, pois é perigoso, este material é condutor e pode provocar curtos-circuitos;
- caso a pipa enrosque nos fios, não tente soltá-la, o melhor é desistir do brinquedo. Vale reforçar para nunca tentar resgatar ou remover uma pipa de fios ou em subestações e nunca utilize bambus para tentar isso. Não solte pipas em dias de chuva, com incidência de descargas atmosféricas (raios). Ela funciona como para-raios, conduzindo energia;
- não se deve subir nas lajes das casas para empinar a pipa. Nesse caso, além de se aproximar da rede elétrica, qualquer distração pode causar uma queda.