O obscuro mundo das apostas atinge a elite do futebol brasileiro
O mundo das apostas enfim chegou e abalou a elite do futebol brasileiro. As mensagens divulgadas pela reportagem da Revista Veja comprovando a participação do zagueiro do Santos Eduardo Bauermann em esquema de aliciamento para favorecer apostadores fez acender novamente o sinal vermelho.
Confesso que custo a entender o que leva um atleta profissional com contrato vigente por longo período em um grande clube e recebendo um bom salário se sujeitar a receber “migalhas” para tomar um cartão amarelo aqui ou forçar uma expulsão ali.
Talvez ao aceitar participar do esquema ilícito remeta ao cenário presente no cotidiano de todo o brasileiro há anos: a impunidade. Os jogadores acreditam que seja inofensivo beneficiar alguém que aposte numa certa quantidade de escanteios ou passes errados, mas esquecem da essência da esportividade.
A elite do futebol brasileiro já foi assolada pelo mundo das apostas há mais de uma década. No ano de 2011, a mesma Veja denunciou esquema de manipulação de resultados com a participação do arbitro Edilson Pereira de Carvalho, um dos principais do país na época. Como medida, a CBF anulou o resultado das partidas e refez os jogos.
De lá para cá, o mundo das apostas foi crescendo cada vez mais e a maioria dos clubes da primeira divisão são patrocinados por esses sites. Enquanto os esquemas de apostadores atingiam clubes e jogadores de divisões pequenas, tudo foi varrido para debaixo do tapete.
Mas agora o sinal vermelho foi novamente acesso. As autoridades e os responsáveis pelo futebol brasileiro precisam tomar medidas drásticas. Os jogadores envolvidos no esquema de apostas precisam ser banidos do esporte. Essa talvez seja a única forma de evitar que mais uma vez não sejamos obrigados a ouvir que o “crime compensa”.
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