Número de casos de meningite cresce 467%
A Prefeitura de Marília divulgou mais uma morte por meningite agora no mês de julho, e totaliza quatro óbitos em razão da doença em 2022. O número de casos também subiu para 17, com os últimos dois registrados em apenas uma semana (de 4 a 12 de julho).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de casos cresceu 467%, quase cinco vezes mais. Até julho de 2021 tinham sido contabilizados apenas três casos e nenhuma morte.
Os 17 casos foram registrados em doze bairros, de diversas regiões da cidade: Califórnia, Alto Cafezal, Montolar, Alcidez Matiuzzi, Maracá I, Vila Romana, Betel, Nova Marília, Fragata, Palmital, Santa Antonieta e JK.
A vítima fatal registrada recentemente é um homem de 65 anos, e a morte teve causa viral. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, não foi necessária a realização de nenhum bloqueio para evitar a propagação da doença.
As primeiras mortes em decorrência de meningite ocorreram em maio: um rapaz de 25 anos e um homem de 57 anos. O terceiro óbito foi registrado em junho, também um homem, com 61 anos.
DOENÇA
A doença se caracteriza pela infecção das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus e até fungos.
As meningites virais ou bacterianas são contagiosas, e podem passar de uma pessoa para a outra por meio do contato com saliva ou secreções respiratórias do contaminado.
A meningite viral também pode ser transmitida por meio do contato com água e alimentos não tratados ou contaminados com as fezes de uma pessoa infectada.
COMO PREVENIR
Há duas vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) que protegem contra a meningite: a meningocócica C e a ACWY, que protege contra quatro sorotipos de meningite bacteriana: A, C, W e Y. As doses da Meningocócica C são aplicadas em bebês aos 3 e 5 meses, com reforço aos doze meses. Já a ACWY, é aplicada em doze única em adolescentes com idade entre 11 e 12 anos.
Cidadãos de outras faixas etárias podem se vacinar, mas pela rede particular. A imunização é a melhor forma de prevenção.
Também é aconselhável higienizar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados e limpos, e evitar aglomerações.