Novo presidente do Sindimmar dá entrevista ao Marília Notícia
Após 15 anos da gestão de Mauro Cirino, o Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília (Sindimmar) elege uma nova liderança, José Paulino. Ele foi eleito no segundo turno nesta semana pela chapa 4, com 429 votos, contra a chapa 2, com 323 votos.
Servidor municipal há seis anos, o presidente eleito trabalha no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Teotônio Vilela, na zona Sul da cidade. Em entrevista ao Marília Notícia, José Paulino avalia o resultado das eleições que representará 1,5 mil servidores ativos e inativos no município.
“Foi uma vitória trabalhosa. A eleição se arrastou por quase sete meses porque a antiga gestão dificultou o processo. Ainda estamos procurando documentos no sindicato para a chapa tomar posse”, disse o servidor.
A expectativa é que a chapa 4 assuma o Sindimmar na semana que vem, contudo, conforme o estatuto da categoria, a posse deveria ter ocorrido no dia 1º de agosto. Caso não haja nenhuma mudança, José Paulino permanece no cargo até 2021.
Dos 1,5 mil servidores, a categoria se divide em 1,1 mil eleitores ativos e 400 inativos. O presidente eleito foi questionado sobre qual postura será adotada nas negociações com o prefeito Daniel Alonso (PSDB) em benefício da categoria.
“Vamos buscar com a administração tudo o que for de direito dos trabalhadores ativos e inativos. Estamos acelerando toda documentação para que possamos participar da audiência pública do orçamento da prefeitura de 2019. O prefeito será cobrado de todas as promessas feitas enquanto ainda era candidato, em 2016”, garantiu.
Para José Paulino, a reposição salarial é um direito constituído por lei e deverá ser cumprido com antecedência. A data base da categoria é no dia 1º de abril..
“Não precisamos aguardar o ano que vem para a negociação da reposição da categoria. É mais fácil discutir antes para que a prefeitura possa organizar o orçamento do município. Plano de carreira, vale-alimentação e todos os direitos da categoria também serão reivindicados. Isso tudo foi promessa e deverá ser cumprido”.
Em relação a postura de Daniel Alonso com os servidores, José Paulino avalia que o sentimento é de insatisfação.
“Os servidores foram fundamentais para a eleição do prefeito Daniel. Atualmente a categoria não está satisfeita com seu trabalho. Se o prefeito disputasse a releição hoje, ele não seria o candidato dos servidores. Ainda resta dois anos de governo, se houver disposição política, a relação pode melhorar entre as partes”, finalizou o presidente eleito.