Novo movimento pressiona por reforma da Previdência
Com a reforma da Previdência chegando a um momento decisivo, os grupos que se contrapõem às mudanças, até agora hegemônicos, deverão enfrentar resistências daqui para a frente.
Na semana passada, foi lançado um novo movimento favorável à mudança, batizado de “Apoie a reforma”, cujo objetivo é esclarecer a população sobre a questão e pressionar os parlamentares a aprovarem a medida.
“A voz das pessoas que são favoráveis à reforma não reverbera no Congresso”, diz Luiz Felipe dAvila, articulador do movimento e presidente do Centro de Liderança Pública, organização voltada para a formação de líderes governamentais. “Hoje, o foco da comunicação tem de ser em cima dos parlamentares.”
O site do movimento – apoieareforma.com – traz vídeos para traduzir o economês que costuma acompanhar os discussões sobre a reforma da Previdência, além de um texto pró-reforma a ser assinado pelos usuários e enviado para cada deputado e senador. O canal do Apoie a Reforma no YouTube tem sete vídeos de curta duração.
Eles abordam pontos da proposta de reforma do governo, questionam as diferentes regras de aposentadoria para servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada e mostram que a Previdência tira recursos de áreas como Saúde e Educação. “O que a gente está querendo fazer é sensibilizar os parlamentares”, afirma DAvila. “A Previdência é uma bomba-relógio que precisa ser desarmada ou não haverá dinheiro para pagar a aposentadoria.”
O movimento não recebeu o apoio formal dos grupos que organizaram as manifestações pelo impeachment e em defesa da Lava Jato, mas conta com a participação de alguns de seus integrantes. Eles deverão ajudar a impulsionar a divulgação do abaixo-assinado e dos vídeos nas redes sociais.
“A gente está tentando fazer a contrapartida aos materiais de quem é contra, como o vídeo com o ator Wagner Moura, no qual ele critica duramente a reforma”, diz o ativista Maurício Chaves, que trabalha como administrador de empresas.
Segundo ele, os vídeos do movimento são bancados por financiamento coletivo pela internet. “Recolhemos alguns números e transformamos esses dados em uma forma de comunicação mais simples e mais fácil de ser compreendida.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.