Novo celular ‘gamer’ da Lenovo é mais caro do que PS5 e Xbox
A Lenovo anuncia nesta quarta, 24, a chegada ao Brasil do seu primeiro smartphone “gamer”, o Lenovo Legion Phone Duel – o aparelho carrega a marca Legion, tradicionalmente estampada em notebooks da chinesa dedicados a jogos eletrônicos. Pensado para o público que consome intensamente games, o Legion aterrissa por aqui com preço que é quase duas vezes superior ao de consoles da nova geração: R$ 7,2 mil – o PS5 sai por R$ 4,7 mil e o Xbox Series X por R$ 4,6 mil.
Para justificar o preço, a empresa aposta em configurações robustas para quem joga. Entre elas estão o processador Snapdragon 865 Plus, um dos principais da Qualcomm, a GPU Adreno 650, a memória de 12 GB e o armazenamento de 256 GB – não há variantes com outras opções de espaço.
A Motorola, subsidiária da Lenovo e responsável pela comercialização do aparelho no País, afirma que alguns recursos foram especialmente pensados para quem joga. O Legion tem duas baterias de 2.500 mAh (no total 5.000 mAh) e sistema de refrigeração também duplo. As baterias são afastadas das extremidades, onde as mãos dos jogadores ficam posicionadas. Isso promete impedir que o aparelho esquente durante as partidas, algo bastante comum e desconfortável em smartphones quando submetidos a jogos intensos.
A tela de Amoled de 6,65 polegadas (2.340 x 1.080 pixels) tem taxa de atualização de 144 Hz, um fator importante para garantir definição principalmente em jogos que se desenrolam com velocidade.
Além disso, o Legion tem algumas soluções de construção inusitadas, que se refletem no design do aparelho. Ele tem duas entradas USB-C, uma na base do aparelho, como qualquer celular, e outra na lateral esquerda. A ideia é permitir o carregamento das baterias com potência de até 90W feito por dois carregadores ao mesmo tempo. O Legion é vendido com um carregador de 45W e dois cabos USB-C, o que permite usar o segundo cabo com outros carregadores. Os cabos USB-C também permitem conectar o celular na TV.
Outra marca diferente do aparelho é a câmera de selfie de 20 MP, que fica na lateral direita do aparelho (ou no topo se ele estiver na horizontal), e tem um funcionamento do tipo “pop-up”. Ou seja, ela salta de dentro do aparelho quando acionada. A Motorola afirma que o smartphone tem um sensor de queda, que fecha a câmera automaticamente quando o celular é derrubado com ela aberta. Na traseira, o conjunto de lentes é duplo (64 MP, principal, e 16 MP, ultra angular).
O motivo para o posicionamento “esquisito” de uma das entradas USB-C e da câmera de selfie é que o celular foi pensado para ser usado na horizontal, como um controle de videogame. Por isso, a interface do hub Legion, onde os jogos ficam concentrados no celular, também foi toda pensada para o formato. Lá é possível ajustar botões e ferramentas de acordo com as preferências do jogador. O software permite fazer streaming das partidas com a câmera de selfie filmando o jogador.
Já a parte superior de quando está na horizontal, nas extremidades da região onde está localizada a câmera de selfie, tem regiões que respondem ao toque e também podem ser configuradas como botões – é um recurso bastante incomum para celulares e que só faz sentido para quem joga.
Internamente, ele conta com dois motores de vibração, que dão resposta tátil aos jogadores sobre as partidas.
Entre as ausências do aparelho estão a entrada para fone de ouvido e também dos fones na caixa – embora o aparelho seja acompanhado de um adaptador USB-C para entrada P2. A Motorola diz que o aparelho é compatível com as frequências n78 do 5G, que ainda precisam ser leiloadas no Brasil. O Legion não é compatível com o 5G DSS, oferecido atualmente por operadoras como Claro e Vivo. Ele está disponível em duas cores: azul e vermelho.