Nove das dez principais vacinas na infância têm queda na cobertura
Números do Ministério da Saúde indicam queda em Marília – após a pandemia – em, pelo menos, nove das dez principais vacinas aplicadas na infância. Um desafio a mais para os pais, demais responsáveis pelas crianças, e à Vigilância Epidemiológica.
A única vacina que teve aumento da adesão nos últimos anos em Marília foi a BCG. Com dose única, o imunizante deve ser aplicado em recém-nascidos, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida ou o mais rapidamente possível.
Em 2018, o primeiro semestre teve 93,08% de cobertura, enquanto em 2021 a Saúde atingiu a totalidade de 100% das crianças adequadamente vacinadas.
Em compensação, caiu a adesão dos pais à tríplice viral, que previne contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. A segunda dose, indicada entre os 15 meses e os quatro anos, só chegou a 68,96% no primeiro semestre deste ano. Em 2018 a cobertura estava em 91,8%.
A vacina meningocócica C, que ajuda a proteger contra o tipo C da infecção – risco de evolução à meningite e outros agravos causados pelas bactérias – está disponível na rede de saúde.
Apesar do acesso, o imunizante só atingiu 66,34% das crianças em 2021. Há três anos, no mesmo período, a cobertura era de 95,78%.
Até a vacina da pólio – amplamente difundida em campanhas – e com o mérito de manter erradicada uma doença grave, que causa paralisia e morte, teve queda na cobertura no primeiro semestre desse ano em Marília. O índice foi de 93,82% em 2018, mas em 2021 caiu para 70,53%.
Ainda há tempo para que a recuperação dos indicadores, que podem ser favorecidos por campanhas convocadas pelo Ministério da Saúde ou mesmo iniciativas locais.
Vale lembrar que o primeiro semestre deste ano foi marcado pelo maior número de mortes por Covid-19, hospitais lotados e, apesar das restrições de circulação terem sido abrandadas pelos governantes, a população sentiu de forma mais drástica as perdas de vidas pela pandemia.
Estudo publicado pelo periódico científico The Lancet, apontou que, com a atenção do mundo voltada para a pandemia de Covid-19, a vacinação de rotina deixou de ser administrada em ao menos 17 milhões de crianças de países de baixa ou alta renda em 2020.
Os dados de 2021 podem ser ainda mais alarmantes.
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