Mulher trans que virou símbolo de luta contra preconceito e violência morre em Marília
Morreu, neste sábado (30), Kelly Fernandes dos Santos, de 33 anos, conhecida por se posicionar contra violência sofrida diariamente como mulher transexual e garota de programa, após vídeo de agressões com extintor viralizar na cidade. Ela foi encontrada morta na tarde de sábado (30), dentro da casa onde morava com os tios, no bairro Alto Cafezal, zona oeste de Marília.
Sua tia informou que a sobrinha teria chego em casa por volta das 4h da madrugada de sábado (30). Ela teria feito reclamações sobre o frio e foi direto para seu quarto.
Na tarde do mesmo dia, às 16h, o tio relatou ter ido até o quarto para pedir o carregador de celular emprestado, quando a encontrou desacordada no chão.
Ele teria colocado a mão sobre o corpo da sobrinha e notou que ela já estava gelada e com certa rigidez, tendo acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na sequência. O tio disse ainda que ouviu Kelly se queixar de dores no peito durante a semana.
De acordo com informações do Instituto de Criminalística, que realizou trabalhos de perícia, não havia qualquer sinal de violência no local. Exames realizados devem confirmar a causa da morte, que foi registrada pela Polícia Civil.
Kelly ficou conhecida após ter sido vítima de um grupo, em julho do ano passado, que desferiu agressões contra ela utilizando pó de extintor de incêndio, no bairro Polon, zona oeste de Marília. Os agressores filmaram a ação criminosa e o vídeo viralizou, causando revolta nas redes sociais.
Seu velório estava marcado para começar às 11h30 deste domingo (1º), no Velório Municipal, e o sepultamento para as 15h do mesmo dia, no Cemitério da Saudade.
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