Mulher é apontada como estelionatária após mediar trabalhos espirituais
Em um caso curioso, envolvendo dinheiro, espiritualidade e suspeita de má-fé, a Polícia Civil de Marília recebeu a queixa de quatro mulheres que acusam uma vendedora de 39 anos de estelionato. Ela teria mediado a contratação de uma mãe de santo para trabalhos espirituais e mediado os pagamentos, porém, os benefícios prometidos não foram entregues.
O caso ocorreu na tarde desta terça-feira (24), véspera de Natal, no bairro JK (zona norte). A confusão teve início quando várias vítimas se reuniram em frente à casa da suspeita, para cobrar os prejuízos que alegam ter sofrido.
As vítimas, com idades entre 28 e 56 anos, relataram que haviam pagado valores em dinheiro, realizado empréstimos e até adquirido bens, conforme a orientação de vendedora, que havia indicado a uma suposta mãe de santo.
A acusada, por sua vez, explicou que atuou apenas como intermediária entre as vítimas e uma líder espiritual do Mato Grosso (MT), e que não obteve qualquer vantagem financeira com os pagamentos realizados.
Ela afirmou que a confusão começou quando uma das vítimas fez novos pagamentos diretamente à mãe de santo e buscou a vendedora para reaver o dinheiro. Diante da pressão, a vendedora teria feito um pagamento de R$ 400 para a denunciante, na tentativa de apaziguar a situação.
Além disso, o nome de um pai de santo local surgiu na história indevidamente. O homem procurou a polícia dizendo que foi citado, como sendo o suposto beneficiário, mas não recebeu nenhum valor.
Antes do caso chegar ao plantão da Central de Polícia Judiciária (CPJ) foi preciso acionar a Polícia Militar para acalmar os ânimos.
O caso acabou registado como averiguação de estelionato, com base nas alegações de fraude e engano, mediante pagamentos.