Motoristas do transporte coletivo fazem nova paralisação
Os motoristas da Grande Marília, empresa que opera o transporte público nas zonas Norte e Leste da cidade, realizaram uma nova paralisação entre a madrugada e o começo da manhã desta quinta-feira (8).
Até o fechamento desta reportagem, por volta das 10h40, o serviço não havia retornado. Segundo apurou o Marília Notícia, os motoristas decidiram por conta própria seguir de braços cruzados.
O motivo do ato é novamente o atraso no pagamento do salário da categoria. Os trabalhadores afirmam que receberam apenas 30% dos R$ 1,8 mil mensais que têm direito. A empresa vem alegando dificuldades financeiras.
Ao Marília Notícia, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Urbano de Marília e Região, Aparecido Luiz dos Santos, disse que vai notificar Prefeitura e a concessionária sobre a realização de uma greve formal no prazo legal de 72 horas.
“A empresa chamou os motoristas para conversar agora de manhã e vamos ver o que [empregadores] eles vão nos falar. Se não for feito o pagamento, vamos parar de vez”, afirmou o sindicalista na manhã desta quinta-feira.
A mobilização não envolve os motoristas da Sorriso Marília, que opera o serviço nas zonas Sul e Oeste da cidade.
ENTENDA
A Grande Marília alega descumprimento contratual por parte da Prefeitura de Marília, pela falta de reajuste tarifário anual e desequilíbrio financeiro da empresa. Por isso, a concessionária notificou a administração municipal que encerraria suas atividades, no final do mês passado.
Contudo, no dia 30 de março, o juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, da Vara da Fazenda Pública de Marília, acatou pedido liminar do Poder Executivo e determinou que a empresa continue a cumprir o contrato.
Magistrado estipulou uma multa no valor de R$ 100 mil por dia caso a concessionária descumpra a decisão liminar.
OUTRO LADO
A reportagem procurou a Associação Mariliense de Transporte Urbano (AMTU), que representa a Grande Marília, e a Prefeitura, para se manifestarem sobre o ato dos trabalhadores.
A assessoria de imprensa da AMTU informou que “a empresa Grande Marília ofereceu o pagamento de somente 30% do salário e não tem previsão de conseguir pagar o restante, pois não existe receita no sistema, e a Prefeitura de Marília se recusa a receber a empresa para se chegar a uma solução que viabilize o sistema”.
Até o fechamento desta matéria, não houve retorno da administração municipal sobre o tema. O espaço está aberto para manifestação.