Motociclista Vitor Felix se pronuncia sobre a morte de Maria Eduarda
O jovem de 22 anos, Vitor Manoel Felix Batista, que conduzia a motocicleta envolvida no acidente que culminou com a morte de Maria Eduarda Nunes, de apenas 19 anos, na madrugada do último dia 25 de dezembro, falou com exclusividade ao Marília Notícia.
O jovem deu sua versão dos fatos e se colocou à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento sobre a tragédia que causou polêmica na cidade nos últimos dias.
Ao MN, o rapaz conta que, na fatídica madrugada, os dois estariam indo com amigos para uma rua deserta em que costumavam ir para se divertir. Contudo, no trajeto, eles se depararam com uma placa de trânsito. Felix conta que a pista estava em obras e acabou colidindo a moto que conduzia contra o objeto.
O acidente aconteceu na madrugada do dia 25 de dezembro, por volta das 2h, na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), nas imediações de um posto de combustíveis no distrito de Padre Nóbrega, zona norte de Marília. A informação inicial de testemunhas ouvidas pela Polícia Militar Rodoviária é de que havia um grande número de motocicletas trafegando pelo local, no chamado “rolezinho do grau”, fato negado pelo condutor da moto. Como já noticiado pelo MN, a família de Maria Eduarda era contra o relacionamento.
De acordo com Vitor Felix, Maria Eduarda era sua namorada, que havia conhecido cinco anos antes. Ele relatou que tiveram um relacionamento por muito tempo e tiveram brigas, largaram e reataram. Após idas e vindas, reconheceu que os pais da jovem não o aceitavam mais.
“Os pais dela já não me aceitavam mais na família e eu sempre respeitei isso, mas como a Maria já era uma menina maior de idade e que tomava suas próprias decisões, decidimos continuar nosso namoro. Estávamos nos preparando para casar nesse começo de 2024, para não darmos mais satisfação para ninguém, até porque eu amava muito ela e ela me amava demais”, diz Felix.
O rapaz conta que sua família decidiu passar o Natal em outra cidade e Maria Eduarda passaria a ceia com seus próprios familiares. Eles teriam combinado que se encontrariam depois.
“Eu estava com alguns amigos em casa aguardando ela, até que meia-noite ela me mandou uma mensagem pedindo para eu não sair antes. Então aguardei ela, até que mandou outra mensagem me chamando. Subi com meus amigos e antes estávamos decidindo ir para uma festa, mas resolvemos não ir para economizar”, conta o motociclista.
Sobre o acidente, o jovem afirma ter apagado e acordado ao lado de Maria Eduarda, que usava capacete.
“Vi um rapaz tentando socorrer ela, fazendo massagem cardíaca e eu gritando o nome dela, mas as pessoas ao meu redor diziam que eu estava muito machucado, para eu ficar bem, que ela estava bem também. Então eu desmaiei e acordei com a ambulância já me socorrendo”, explica.
Vitor Felix afirma ter imaginado que Maria Eduarda seria socorrida e ficaria bem. Ele conta que foi levado para o Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas (HC) e a família teria decidido que, se recebesse alta, não voltaria para casa por sua segurança, tendo em vista a repercussão do acidente na cidade.
“Eu jamais vou sentir a dor de uma pai e uma mãe, mas nunca forcei ela a nada, até porque a gente se amava. Tínhamos planos de casar e sei que esse é um momento mais difícil na vida deles, mas na minha também, pois perdi o amor de minha vida. Não queria isso. Só queria minha pretinha de volta. Estou à disposição da Justiça”, finaliza Felix.
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