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Tecnologia
sáb. 27 mar. 2021

Moto G100: Motorola lança o Moto G mais poderoso e mais caro

por Agência Estado

Ao chegar à décima geração, é hora de o Moto G passar por importantes transformações. A Motorola apresentou as novidades do seu mais conhecido celular nesta quinta, 25. Grande responsável por cimentar a categoria dos celulares intermediários no Brasil, a linha Moto G vinha nos últimos anos flertando com níveis mais avançados de recursos. Agora, parece ter chegado para valer em segmentos mais altos do mercado – o preço, claro, indica isso: R$ 4.000.

O banho de loja começa por uma mudança no nome. Nos últimos anos, a linha Moto G foi dividida em 4 aparelhos: Moto G, Moto G Play, Moto G Power e Moto G Plus. Esses nomes foram substituídos por números para indicar seu nível de sofisticação. O sucessor do Moto G9 Plus agora é o Moto G 100, que chega com especificações robustas. Os outros anunciados são o Moto G 10, o Moto G 30 e o Moto G 50.

O G 10 é o mais barato: R$ 1.700. Já o G 30, que tem um conjunto de lentes e um processador melhores, sai por R$ 1.900. Já o G 50 será lançado apenas na Europa, focando nas frequências de 5G da região.

Sobre o Moto G 100: O processador agora é o Snapdragon 870 5G, o segundo mais potente na linha da Qualcomm. É uma evolução notável: o Moto G 8 Plus tinha um Snapdragon 665, um chip intermediário. O G9 Plus evoluiu para o Snapdragon 730, um intermediário avançado. Agora, ao chegar ao 870, o Moto G dá um novo salto – ele é um dos primeiros dispositivos do mundo a ter o chip e é o primeiro no Brasil. Nos nossos testes, tudo foi suave em termos de performance: navegação, jogos, vídeos, apps simultâneos.

Claro, ajuda o fato de que o aparelho traz 12 GB de memória – na geração passada eram só 4 GB. O armazenamento chegou a 256 GB, dobrando o espaço do ano passado – o suporte a cartão microSD passa a ser de 1 TB. Todas essas marcas são inéditas em um Moto G. É algo que certamente ajuda a explicar o aumento brutal no preço, além do patamar atual do dólar, que sufocou a capacidade do brasileiro de comprar eletrônicos melhores – a viagem da economia aos anos 80 não tem graça nenhuma. Em 2019, o Moto G Plus custava R$ 1,7 mil. Passou para R$ 2,5 mil em 2020, o que já fez muito barulho. E, agora, ele repousa solenemente sobre a marca dos R$ 4 mil.

O telefone atual não mudou a resolução e tecnologia de tela: ainda temos FHD+ (2.520 x 1.080 pixels) num painel de LCD. O que não chamava atenção no passado continua passando batido. Agora, a edição deste ano fez uma mudança importante: adotou a proporção 21:9, o que permitiu o estreitamento da tela e, por consequência, de todo o corpo do aparelho. Ele ficou muito mais anatômico e confortável – parece uma mudança boba, mas faz toda a diferença na rotina. O G9 Plus era um monstrengo desajeitado com 7,81 cm de largura. Agora são 7,4 cm. A altura caiu de 17 cm para 16,84 cm. Claro, houve também uma leve redução no tamanho da tela: de 6,8 polegadas para 6,7 polegadas.

Falando no corpo, o Moto G 100 mantém a entrada para fones de ouvido (glória!), tem entrada USB-C e, na lateral direita, carrega o leitor de digital – é uma solução bastante usada na indústria, que, apesar de não ser muito elegante, é ergonômica. Em volta da tela, há uma armação metálica. A carcaça é o quesito mais decepcionante: é um plástico que não consegue disfarçar o fato de ser plástico. É como se a Motorola tivesse tentado entrar numa festa de casamento calçando uma chuteira de futsal colorida.

Bom, se a ideia era impacto visual, o objetivo parece ter sido atingido. O Moto G 100 está disponível em duas cores: “luminous sky” e “luminous ocean”. São duas opções no estilo “óculos escuros chavosos”: espelhados que mudam de cor dependendo do ângulo em que são observados. O “luminous sky”, modelo enviado para testes, tem uma pegada entre verde e lilás. Parece que a era dos celulares discretos ficou para trás.

Importante dizer: a Motorola continua incluindo o carregador e fone de ouvido na caixa, indo na contramão de Apple, Samsung e Xiaomi. Sobre a bateria, ela continua com os 5.000 mAh do ano passado. Em uso moderado, é possível chegar a quase dois dias de autonomia. Em um teste mais pesado, no qual rodamos vídeos ininterruptamente com a tela em brilho máximo, a carga durou 24 horas. O carregador de 20 W fez carga completa em 1h35.

Ele vem com Android 11 de fábrica no estilo Motorola (com pouquíssimas intervenções) e a empresa garante apenas mais uma atualização. As outras precisam ser “avaliadas”, segundo a fabricante. Ele também é compatível com as redes DSS de 5G, e as rede futuras, com frequências ainda a serem leiloadas pelo governo federal.

Câmera

As mudanças aqui são sutis. A lente principal continua sendo de 64 MP – por padrão, as imagens são em 16 MP. No modo maior, os arquivos crescem, mas o nível de detalhamento é interessante. As imagens ficam boas, especialmente em ambientes bem iluminados. Para o meu gosto, porém, o processamento faz intervenções um tanto artificiais nas cores.

O conjunto melhorou a lente ultra angular, de 8MP para 16 MP, o que consertou a queda acentuada na qualidade das imagens na geração anterior. Agora, é possível capturar mais elementos sem tanta perda. A lente macro, recurso que poucos usam, continua com 2 MP e também sem dizer muito a que veio. O conjunto traseiro tem também um sensor de profundidade, que permite um ótimo funcionamento do modo retrato. Já o modo noturno segue muito parecido com o do ano passado: tem resultados ótimos dentro do histórico da Motorola. Só.

O conjunto frontal, que só é percebido pelos furinhos na tela, conta com duas lentes: a principal tem 16 MP e entrega bons resultados para selfies. A segunda é uma ultra-angular de 8 MP, que permite selfies de grupões. Também funciona bem.

Um dos recursos de destaque é a câmera dupla, que ativa a lente frontal e a traseira ao mesmo tempo durante a gravação de vídeos. Pode ser interessante especialmente para quem produz conteúdo.

Modo Ready For

Uma das novidades que a Motorola incluiu apenas no Moto G 100 é o modo Ready For, que permite conectar o celular via cabo USB-C/HDMI a TVs e monitores. Adaptar a experiência do celular para formatos maiores é algo que a indústria tenta emplacar há um bom tempo. A Samsung, por exemplo, conta com o DeX. Em 2011, a própria Motorola lançou o Atrix Lapdock, que transformava o smartphone em notebook. No geral, porém, a ideia nunca foi para frente.

A nova tentativa da Motorola envolve quatro possibilidades. O modo desktop: acoplado a um monitor, além de mouse e teclado ligados ao Bluetooth, o celular entrega algo próximo a um sistema operacional de PC, com direito a área de trabalho e barra de navegação na parte inferior da tela. O modo jogos: acoplado a um monitor, e com joystick via Bluetooth, a jogatina fica expandida – e o processador dá conta disso.

No modo TV, o aparelho fica acoplado a um televisor para a transmissão de conteúdos disponíveis em plataformas de streaming. É uma maneira de deixar a TV esperta, caso a sua não seja conectada. Nesse modo, a tela do telefone vira um trackpad, que permite navegar pela interface. A ideia é boa, mas a execução nem tanto. O cabo USB/HDMI é curto, o que significa que o celular fica bem do lado da TV. Em outras palavras, a cada vez que você tentar navegar pelos menus, terá que levantar do sofá. Filminho e exercício físico não parecem caber na mesma equação.

Já o modo videochat permite transformar o celular numa grande webcam para TVs. Tem a sua graça. De forma geral, porém, muitos celulares já permitem espelhar a tela na TV, o que parece reduzir o propósito do Ready For. Tem mais um detalhe: o cabo USB/HDMI, que conta com a possibilidade de acoplar um segundo cabo USB para carregar o celular ao mesmo tempo, é caro. Inicialmente, a Motorola vai vender um pacote com Moto G 100 mais o cabo por R$ 4.100. Um outro pacote,com cabo mais dock para o celular, vai sair por R$ 380.

Vamos aguardar para ver se decola. Para uma parte dos usuários, será um recurso pouco acessado.

Dores

Desde 2013, o Moto G ganhou o coração do brasileiro. Não tem como resistir à proposta de “bom e barato”. Ao chegar na décima geração, a família mostra mais ambição, o que significa uma ruptura no preço. De cara, muita gente vai reclamar e fazer piada.

As especificações técnicas são um bom argumento na manga da Motorola – nos testes a performance é boa. Por outro lado, escolhas no material da carcaça, além de uma certa estagnação na câmera e na tela, jogam contra. O modo Ready For é uma aposta em algo que nunca teve tanto sucesso, portanto, é difícil imaginar que sirva como fator decisivo na escolha.

Para a empresa, vale a tentativa: o segmento intermediário avançado é muito bem visto pelo mercado brasileiro nos dias atuais. Mas, no caso do Moto G, as dores do crescimento são impossíveis de serem evitadas.

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