Mostra Cinema de Guerrilha destaca criatividade com poucos recursos

O Clube de Cinema de Marília (CCM) encerra neste domingo (4) a Mostra Cinema de Guerrilha. Com curadoria da produtora Cinegoria, a programação reúne curtas e longas-metragens que são referência em cinema independente e de baixo orçamento — em diálogo direto com a oficina de Cinema de Guerrilha, que ocorre paralelamente ao evento.
As sessões são gratuitas e acontecem às 20h, na sede do CCM, localizada na avenida Sampaio Vidal, 245, com entrada pelo Museu de Paleontologia.
A mostra foi pensada em inspirar os participantes da oficina a criarem seus próprios filmes, mesmo com poucos ou nenhum recurso técnico ou financeiro. O termo cinema de guerrilha se refere justamente a esse tipo de produção: feita com equipamentos acessíveis, equipes reduzidas e muita criatividade, à margem dos grandes estúdios.

“A mostra é uma oportunidade para mostrar como é possível contar histórias potentes com o que se tem em mãos. Filmes como Tangerine e A Bruxa de Blair nasceram de orçamentos modestos, mas com ideias ousadas. Queremos que quem está na oficina se sinta encorajado a fazer cinema agora, com o que tem”, destaca o cineasta Cristiano Anechini, presidente do Clube de Cinema de Marília e fundador da produtora Cinegoria.
As sessões incluem bate-papos com exibição de trechos de making off, propondo um paralelo entre os bastidores das obras e a realidade atual dos cineastas iniciantes. Mais informações sobre a programação podem ser conferidas nos endereços: www.clubedecinemademarilia.com.br e @clubedecinemademarilia.
MOSTRA DE CINEMA DE GUERRILHA
Sábado (3)
A Bruxa de Blair (1999), de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez
Clássico do terror feito com câmera na mão e roteiro improvisado. O filme foi um marco do cinema de guerrilha e precursor do marketing viral no cinema.
Domingo (4)
Sessão de ficção científica brasileira:
✓ Recife Frio (2009), de Kleber Mendonça Filho
✓ Bahia Sci-Fi (doc sobre Abrigo Nuclear)
✓ Abrigo Nuclear (1981), de Roberto Pires
A noite é dedicada à ficção científica feita no Brasil com pouquíssimos recursos, mostrando que até mesmo gêneros considerados “caros” podem ser reinventados com engenhosidade.