Moradores do Marina Moretti pedem USF no bairro
Moradores da zona Norte de Marília pedem que a Prefeitura providencie a imediata construção da USF (Unidade Saúde da Família) no bairro Marina Moretti. A obra é esperada há quatro anos pela população local e deve encurtar em quase um quilômetro a distância até a unidade de saúde mais próxima.
A reportagem esteve na rua Arnaldo Spachi na manhã desta quarta-feira (27), via onde a USF está prevista para ser instalada em um terreno que pertence ao município, de acordo com moradores do bairro.
Atualmente, na área só existe mato alto, lixo e móveis abandonados, como dois sofás. A situação de abandono é mais um motivo de incômodo para os vizinhos.
São 494 residências que foram ocupadas no começo de 2014. As moradias são voltadas para famílias com renda de até R$ 1,6 mil por mês. Entre os imóveis, 140 foram destinados para pessoas que moravam nas favelas dos bairros Altaneira, Jânio Quadros e Santa Antonieta, além da destinação de 30 moradias para moradores de áreas de risco.
Manuel Messias mora distante aproximadamente 100 metros do terreno onde ficará a USF. Enquanto o futuro não chega e a obra não é iniciada, ele conta que precisa ir até o Santa Antonieta para levar as crianças para atendimento médico ou exames.
“Quem não tem carro fica complicado. Ainda mais se estiver doente, para se deslocar oito, dez quadras a mais fica difícil, também falta uma escola mais perto daqui”, reclama. De acordo com ele, a população aguarda os dispositivos básicos de Saúde e Educação desde a entrega das casas.
A dona de casa Maria de Lourdes, 72 anos, reclama do lixo e do mato alto que cresce no terreno da Prefeitura. “Fica complicado, se o próprio terreno do município está desse jeito, o que podemos fazer?”, questiona.
Outro lado
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da administração municipal para comentar a questão que enviou a seguinte nota sobre o tema:
“A Secretaria Municipal da Saúde de Marília informa que o projeto para construção da USF Parque das Nações/Marina Moretti (Proposta 14278219000114002) foi aprovado pelo Ministério da Saúde em 2014, porém as obras não foram iniciadas dentro do prazo estabelecido pelo órgão federal.
Importante salientar que o prazo venceu em fevereiro de 2015, ou seja, nove meses após a publicação da portaria de habilitação.
Tendo em vista a situação encontrada em janeiro deste ano, a atual gestão pleiteou junto ao Ministério da Saúde prorrogação do prazo, porém o pedido foi indeferido em Brasília.
Diante da necessidade da construção dessa unidade, para melhoria do atendimento à população, a Secretaria persiste em tratativas junto ao órgão federal, para que seja deliberada a prorrogação do prazo e as obras possam ser iniciadas”.