Moradores de Padre Nóbrega e bairros próximos criticam bagunça na SP-294
As obras realizadas na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), entre Marília e Pompeia, vem provocando grandes transtornos para os moradores dos bairros Trieste Cavichioli, Montana, Maracá, além do distrito de Padre Nóbrega. O problema aumenta nos horários com pico de movimento, principalmente no final da tarde, quando o trânsito chega a parar pelo local.
A volta para casa tem se tornado um pesadelo para quem mora nas imediações de Padre Nóbrega, ou que trabalha em cidades próximas, como Pompeia. Um trajeto que antes era feito em apenas 10 minutos, chega a durar 40 minutos.
De acordo com o presidente da Associação dos Moradores dos Bairros Maracá, Montana, Trieste Cavichioli e Adjacências, Luciano Cesar Fraidemberg, os moradores estão indignados com a concessionária Eixo, pelo que alegam ser a falta de segurança na rodovia e desorganização nos acessos aos bairros.
“Eles fecham tudo. Mão de ida e volta e uma outra mão simples. Tem carreta com excesso lateral, que ocupa mais de uma faixa passando, se um carro dá uma pane, trava tudo por conta que a lateral são muretas de concreto. É uma tremenda falta de segurança. Também está acontecendo um grande congestionamento no horário de pico. Agora, para piorar, eles estão fechando um acesso perto do Green Valley que estava facilitando a entrada dos moradores dos bairros”, conta Fraidemberg.
O fechamento do acesso provocou um congestionamento ainda maior para os moradores da região, fazendo com que uma viagem que antes era rápida, se torne um verdadeiro teste de paciência para os motoristas e passageiros.
“As pessoas estão demorando quase uma hora para chegar em casa nos horários de pico. Quem sai do trabalho e tem que chegar para tomar um banho e ir para uma escola ou para a faculdade, não consegue cumprir o horário. Esse pessoal está chegando atrasado e às vezes não está conseguindo nem ir por conta desse congestionamento”, revela o presidente da associação.
A revolta pela situação fez com que os moradores dos bairros organizassem um “buzinaço” no início da noite desta sexta-feira (12), para chamar a atenção das autoridades sobre os problemas.
O morador da região, Antônio Carlos Ribeiro, foi outro que reclamou da situação. Ele contou que um acesso provisório em frente ao condomínio Green Valley estava ajudando, mas há alguns dias ele foi fechado, aumentando o trânsito no local.
“Já faz uns dias que foi fechado em horário de pico. É o horário que a gente mais precisa passar, para quem vem sentido de Marília pro bairro. Fecharam tudo e não tem como entrar. Imagina só, pessoas de moto, à noite, fazendo aquele contorno escuro e horrível. Existe um risco muito grande ali. As famílias que têm alunos que estudam em Padre Nóbrega, que fazem a travessia, tem que dar uma imensa volta para conseguir levar as crianças na escola”, revela o morador.
Os pais do representante comercial Matheus Lessa moram em Padre Nóbrega e ele sempre passa por lá para seguir até Tupã, Oriente, Pompeia e outras cidades. Ele cobra uma postura das autoridades e setores responsáveis para melhorar as condições do local.
“A Prefeitura de Marília, Polícia Militar Rodoviária, Eixo e o DER poderiam melhor as coisas ali, fazendo um estudo melhor para não gerar esse impacto. São engarrafamentos e acidentes que estão acontecendo”, afirma Lessa.
OUTRO LADO
De acordo com a concessionária Eixo, o trecho está em obras de duplicação, com previsão de término em cinco meses. Neste período, os motoristas que transitam pela pista sentido Marília e que precisarem acessar o distrito de Padre Nóbrega, deverão seguir até o dispositivo de retorno no quilômetro 461, no Posto Ecológico.
“Já os motoristas que estiverem na pista sentido Pompeia e quiserem acessar o bairro Maracá, deverão fazê-lo utilizando o dispositivo de retorno em desnível no quilômetro 466. Para alertar os motoristas que utilizam o trecho, foram instalados dois banners de aviso, um na pista leste e outro na pista oeste. Ambos contêm mensagens com as informações específicas sobre as mudanças implantadas e orientações sobre os novos acessos”, afirma em nota a Eixo.