Morador do Alto Cafezal morre com dengue
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Marília atualizou o boletim epidemiológico com os casos de dengue na cidade. A doença segue sob controle, porém, há cerca de um mês teve início o período de maior risco de transmissão.
Mais cinco casos foram confirmados nesta semana. Com isso, sobe para 37 o total de notificações positivas.
A redução é de 86% em relação ao número do ano passado, mas é preciso manter o alerta. As ações de prevenção e bloqueio seguem em todas as regiões, pelos Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Controle de Endemias, equipe da Divisão de Zoonoses e empresa especializada. O município também realizou, duas vezes neste ano, mutirão de limpeza e coleta de inservíveis.
A enfermeira Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica, alerta para o risco de agravamento.
“Os imunodeprimidos, idosos, crianças e gestantes estão mais susceptíveis aos agravos da dengue. Não podemos esquecer que esta é uma doença que tende a evoluir bem, porém, em alguns casos, pode ser fatal”, lembra
Entre os casos notificados está o de um homem de 80 anos, morador no bairro Alto Cafezal (zona oeste), que faleceu no início deste mês após 11 dias de internação hospitalar. Ele não teve o nome divulgado.
O idoso, que tinha comorbidades (doenças primárias já instaladas) também foi acometido por dengue. O resultado foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz.
AGRAVAMENTO
Na maioria dos casos, os sintomas verificados são febre alta com início súbito, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, náuseas e vômitos, tontura, cansaço extremo, manchas e erupções avermelhadas na pele semelhantes ao sarampo ou rubéola, principalmente no tórax e membros superiores, dor no corpo, dores nos ossos e articulações.
Os sinais de alerta para a dengue (agravamento) são descritos como dores abdominais fortes e contínuas; vômitos persistentes; pele pálida, fria e úmida; sangramento pelo nariz, boca e gengivas; sonolência, agitação e confusão mental (principalmente em crianças), sede excessiva e boca seca; pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória e perda de consciência.
Do ponto de vista epidemiológico, explica a enfermeira Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da área, o risco de agravos existe independente do número de casos. Por isso a população deve ajudar a conter a doença eliminando os criadouros, recebendo bem os agentes e multiplicando informação.