Ministério Público denuncia suspeito de homicídio em chácara de Marília
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou Caio Baldinoti Alves dos Santos, de 30 anos, suspeito de ser o autor do assassinato de Cauã Rafael Rodrigues Joca, no dia 16 de abril deste ano, durante festa em uma chácara no distrito de Padre Nóbrega. Ele foi preso na última sexta-feira, dia 29 de setembro, por volta das 11h, em sua residência, na zona oeste de Marília.
De acordo com o MP-SP, Santos era o proprietário da chácara em que a vítima foi assassinada. Por este motivo, teve acesso ao seu interior sem necessidade de passar pela revista pessoal feita pelos profissionais que faziam a segurança da festa.
“Ao avistar a vítima buscando ingressar no imóvel pelas cercas laterais e não pela portaria, em reação absolutamente desproporcional à causa (motivo fútil) e colhendo-a em inferioridade de armas e de surpresa, sacou a arma de fogo que ilegalmente trazia consigo e efetuou-lhe disparo, atingindo-a na cabeça, região sabidamente vital, impondo sua morte ainda no local”, afirma o promotor Rafael Abujamra em sua denúncia.
Um primeiro suspeito foi apontado como autor do crime. Ele chegou a ser detido para ser investigado, mas possuía um álibi. Além disso, uma perícia em seu aparelho celular confirmou que ele não se encontrava no local do crime.
Posteriormente, uma testemunha indicou Caio Baldinoti Alves dos Santos como autor do crime. Os policiais civis encontraram um registro de arma de fogo em seu nome, do mesmo calibre utilizado no assassinato.
Foi feito o pedido de busca em endereços que o armamento poderia ser encontrado, mas a pistola nove milímetros não foi localizada pelos policiais civis. Em seguida, o suspeito acabou apresentando a arma de fogo, mas foi verificada que ela havia sido alterada.
Para o Ministério Público, a alteração na pistola visava não ser possível comprovar que o projétil que matou a vítima havia saído da arma apresentada.
“Após ser identificado pelas diligências policiais, Caio ainda alterou completa e propositalmente as características da arma do crime registrada em seu nome, com objetivo de induzir a erro o juiz e perito, inclusive inviabilizando a realização dos confrontos balísticos com o estojo e projéteis recuperados”, diz Abujamra na denúncia.
O promotor ainda destacou que foi recuperado material biológico no estojo da munição que vitimou Cauã, contudo, o suspeito se negou a fornecer material para o confronto.
O Marília Notícia procurou a defesa de Caio para comentários sobre a denúncia mas não houve retorno até a publicação. O espaço segue aberto para manifestação.