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qua. 16 out. 2024
BULLYING

‘Meu filho sofreu bullying dentro da sala de aula e foi punido’, relata mãe de garoto autista

Boletim de ocorrência foi registrado para apurar o caso; família alega o que garoto autista foi hostilizado em sala por colega de classe e professor.
por Alcyr Netto
Caso aconteceu na semana passada na escola estadual Professora Oracina, zona oeste de Marília (Foto: Divulgação)

A família de um garoto autista de apenas 14 anos registou um boletim de ocorrência por injúria, após bullying que teria ocorrido na escola estadual Professora Oracina Corrêa de Moraes Rodine, no Jardim América, zona oeste de Marília. De acordo com a mãe do adolescente, ele estava sem apoio da professora auxiliar e, traumatizado, tem apresentado diversas crises desde o episódio e não quer retornar para a escola.

O caso teria ocorrido no dia 10 de outubro, no período da manhã. O Marília Notícia apurou que ao descer da van escolar, a mãe percebeu algo diferente no filho e perguntou se ele estava bem, quando então o adolescente começou a chorar. Ele contou que foi hostilizado por outro garoto por sua condição física, acima do peso.

Além do Transtorno do Espectro Autista (TEA) de nível de suporte 3, o garoto foi diagnosticado com TDAH e episódios de epilepsia. Como parte do tratamento, o jovem toma medicamentos diariamente e necessita de professor auxiliar em sala de aula, além de uma cuidadora individual em tempo integral durante o período escolar.

Depois de ser hostilizado por um colega de classe, o garoto teria ficado nervoso com a situação e, ao invés de ser acolhido na escola, teria sido mandado para fora da sala de aula pelo professor. Ele conta com o apoio de uma professora auxiliar, que havia faltado naquele dia, por causa de uma consulta médica, mas a escola sequer teria disponibilizado outra pessoa para acompanhá-lo.

A mãe do adolescente reclama que, em nenhum momento, foi informada sobre o ocorrido na sala de aula, bem como o fato de o garoto não ter tido amparo, principalmente por ele precisar de apoio durante o período escolar. Após o relato do filho, a mãe procurou a escola para saber do ocorrido e sobre as providências tomadas pela direção da unidade, principalmente para saber o que havia acontecido com quem zombou do garoto e por qual motivo ele foi retirado da sala e não quem o provocou.

Após o contato, uma reunião chegou a ser marcada. O professor teria dito que não mandou a outra parte para fora, para não se encontrarem, mas não teria explicado por qual motivo não tirou então apenas quem teria provocado a confusão. Na ocasião, a vice-diretora teria dito que os estudantes teriam feito uma “brincadeira”.

A mãe do garoto solicitou imagens da sala de aula, mas teve o pedido negado. Ela também pediu os nomes dos envolvidos, para o registro da ocorrência, o que também foi negado.

Desde o ocorrido, segundo a mulher, o garoto tem apresentado diversas crises de choro e não quer mais voltar para a escola. A mãe do estudante procurou a Defensoria Pública e foi orientada a registrar um boletim de ocorrência de injúria.

“Quando eu falo que ele precisa ir para a escola, que é muito importante, ele entra em crise e começa a chorar. Liguei quatro vezes para a Diretoria de Ensino e ninguém me atendeu. É um estrago que fizeram na cabeça do meu filho”, conta a mãe.

Essa não teria sido a primeira vez. Em 2023, o garoto teria passado pelo mesmo problema e nada foi feito. A mãe também procurou o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que recebeu a denúncia sobre o ocorrido.

“Eu gostaria de divulgar esse caso do meu filho, para que não aconteça com outras crianças. Meu filho sofreu bullying dentro da sala de aula e foi punido. Meu filho poderia ter tido uma convulsão lá, só não aconteceu porque estava medicado. É um descaso muito grande”, finaliza a mãe do estudante.

OUTRO LADO

O Marília Notícia procurou a Secretaria Estadual de Educação, que encaminhou uma nota da Diretoria de Ensino de Marília, repudiando todo e qualquer ato de discriminação, bullying ou incitação à violência, dentro ou fora do ambiente escolar.

A nota diz que, na quinta-feira (10), o estudante citado teve um desentendimento mútuo e que o professor responsável pela turma e uma profissional de apoio buscaram acalmar o estudante. No dia seguinte, a direção da unidade recebeu os responsáveis e relatou a situação, reafirmando que o estudante não ficou desassistido.

“A equipe regional do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva) está à disposição do aluno, inclusive com um profissional do programa Psicólogos nas Escolas, para auxiliá-lo em sua integração e retomada da rotina escolar”, finaliza.

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