Merendeiras retornam ao trabalho após greve
As merendeiras das escolas estaduais devem retomar ao trabalho após greve que vinha desde quarta-feira (15).
O motivo da paralisação era mais um atraso nos pagamentos. Cerca de 85 funcionárias que prestam serviço para a empresa Soluções, contratada pela Prefeitura, ficaram de braços cruzados.
Não é a primeira vez que a greve acontece. O grupo de trabalhadoras no convênio prestado entre município e Estado já chegou a fazer manifestação em frente a Prefeitura.
Agora, mais uma vez milhares de crianças da rede estadual precisaram passar três dias com bolacha doce e salgada na hora do intervalo. Em bilhetes enviados aos pais, era solicitado que os alunos levassem seus próprios lanches.
A reportagem do Marília Notícia conversou com o presidente do sindicato que representa as merendeiras, Francisco Viana. De acordo com ele, o contrato existe há três anos e os atrasos nos pagamentos sempre aconteceram.
“Novamente elas estão sem receber desde o quinto dia útil, quando o salário deveria cair”, afirma o sindicalista.
A alegação da Soluções é que não consegue fazer os pagamentos em dia pois a Prefeitura deve R$ 1,8 milhão, já que não paga a empresa desde julho do ano passado, ainda no governo Vinícius Camarinha. Algumas notas sequer foram empenhadas pelo ex-prefeito para pagamento.
Acordo
Uma reunião na manhã desta sexta-feira (17) entre o Executivo, a empresa e os funcionários foi organizada para resolver o problema. Segundo a assessoria de imprensa do município, “empresa juntamente com as merendeiras estão voltando imediatamente às atividades”.
De acordo com o empresário Ademir Godoy, dono da Soluções, a Prefeitura garantiu realizar o pagamento dos valores devidos para sua empresa. “Os salários já estão nas contas”, afirmou.
O contrato da Prefeitura com a empresa vence no próximo dia 24 de março e estão sendo negociados valores para que seja feita a renovação da parceria.