Merendeiras de greve protestam na Prefeitura
Dezenas de merendeiras das escolas estaduais de Marília fizeram na manhã desta quinta-feira (20) um protesto em frente ao prédio da Prefeitura por atraso no salário, que deveria ter sido pago no segundo dia útil do mês. Elas iniciaram hoje uma greve.
Na cidade, o serviço é terceirizado pela Prefeitura, que não paga a empresa contratada – ‘Soluções Terceirizadas’ – há cinco meses e provoca o atraso.
“Minhas contas estão atrasadas, ganho R$ 1,1 mil. Já é pouco, com as multas e juros por causa dos atrasos, meu salário encolhe ainda mais”, lamenta uma merendeira que pediu para não ter o nome revelado.
Francisco José Barbosa Viana, diretor do Sinterc (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Refeições Coletivas da Região Norte e Oeste do Estado de São Paulo), afirma que são quase 100 merendeiras de braços cruzados.
“A Prefeitura recebe o dinheiro do Estado para pagar essa empresa. Hoje a dívida passa de R$ 1 milhão. São cinco meses de atraso. A empresa não tem mais caixa para pagar os funcionários. O dinheiro é carimbado. Queremos saber onde está o dinheiro. O prefeito ‘amigo da criança’ tem que falar para nós”, questiona o sindicalista.
Um carro de som era utilizado na manifestação para chamar a atenção da população e do prefeito para a situação.
As escolas e os pais também já foram avisados da situação.
Questionada pelo Marília Notícia, a administração municipal afirmou que “uma comissão foi recebida pelo Secretário de Planejamento Econômico, Rodrigo Zotti, e ficou definido que o pagamento será feito até no máximo dia 25. As merendeiras voltam ao trabalho amanhã”.
A nota enviada pela Prefeitura diz ainda que “alguns veículos estão publicando informações que não são correspondem com a realidade. O pagamento é feito para a Empresa terceirizada, responsável pelas merendeiras, com recursos próprios da Prefeitura. A verba não é de repasse do Governo Estadual”.