Menino tem queimaduras no rosto e família fala em atentado
Elvis Roberto Pereira de Campos, 10 anos, está internado na Santa Casa de Marília após ter seu rosto queimado enquanto estava na casa dos avós, no distrito de Padre Nóbrega, na noite de sexta-feira (17).
Segundo sua mãe, a cuidadora de idosos Ana Cláudia Pereira, de 32 anos, o garoto relatou ter sido vítima de um ataque intencional enquanto estava na varanda do imóvel localizado na rua Manoel Moura.
Ele está com queimaduras de segundo grau e foi socorrido pelo avô ainda com o cabelo pegando fogo. Além dos ferimentos, a criança ficou com cílios e sobrancelhas prejudicados, mas se recupera bem.
“O Elvis disse que uma pessoa passou de bicicleta e jogou fogo nele pelo portão, mas não soube dar detalhes, nem como foi esse fogo, foi tudo muito rápido”, disse Ana Cláudia ao Marília Notícia. Ela havia saído para ir ao mercado durante o ocorrido.
O menino disse apenas que o autor do atentado estava com uma bicicleta preta e vestia camiseta azul e verde, mas não soube dizer a idade aproximada nem dar outras características físicas.
A mãe denunciou o ocorrido nas redes sociais, na tentativa de descobrir quem seria o autor. “As más-línguas começaram a dizer que meu filho se queimou sozinho, mas isso é impossível, já está descartado pela Polícia Militar”, afirmou Ana Cláudia.
No entanto, ainda não houve perícia, já que o Boletim de Ocorrência ainda não teria sido registrado pela família. A PM, no entanto, teria ido até o local em que aconteceram as queimaduras momentos após o ocorrido.
A mulher admite que existia um galão com um pouco de álcool nas proximidades de onde o garoto estava, mas nega que ela possa ter mexido líquido inflamável. “Se tivesse pegado fogo no galão, teria derretido, haveria sinais de fumaça, e não tem nada disso”, garantiu ela.
“Disseram também que ele pode ter passado álcool no rosto, mas teria queimado muito mais. Só queimou do nariz para cima. Ele também não tinha acesso a isqueiro, nem sabe riscar um fósforo”, detalhou a mãe.
Os parentes de Elvis dizem que não existia qualquer testemunha na via pública quando a criança foi queimada. A eventual existência de câmeras de segurança nas redondezas pode ajudar a esclarecer o caso.
Ana Cláudia disse que pretende registrar a ocorrência na Polícia Civil nesta segunda-feira (20).