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qua. 28 ago. 2019

Meia de 17 anos vira símbolo de renovação na seleção feminina

por Agência Estado

Uma menina tímida e de cabelos encaracolados, que achava que nunca sairia de Ferraz de Vasconcelos, transformou-se na nova cara da seleção brasileira feminina de futebol. Aos 17 anos, Vitória é a jogadora mais nova na lista da primeira convocação da técnica sueca Pia Sundhage, ela própria recém-contratada pela CBF para reformular o time. Yaya, como é chamada, tornou-se símbolo do processo de renovação.

A meio-campista joga pelo São Paulo desde 2017 e subiu para a equipe principal este ano. Ela já conquistou diversos títulos, como o Paulista de 2017 e 2018 e a Fiesta Sudamericana de la Juventud de 2018, na categoria sub-17. Este ano, se revezando com o profissional, Yaya venceu a Copa Nike Sub-16. Semana passada, somou outra conquista: o Brasileiro Feminino A-2, o que dá direito ao São Paulo de disputar, em 2020, o Brasileiro da A-1.

Com a oportunidade na seleção principal (ela já jogou pela seleção sub-17), Yaya dá também esperança para uma nova geração de atletas, que se formaram vendo Marta jogar. “Jamais desistam de seus sonhos”, disse ao Estado.

Ao lado de referências, como Formiga, Yaya terá seu primeiro desafio nesta quinta-feira, contra a Argentina, no Torneio Uber Internacional de Futebol Feminino de Seleções, no Pacaembu. “Eu vou dar o meu melhor, porque quero agregar valor ao time e aprender com elas.” O torneio contará, além de Argentina e Brasil, com Costa Rica e Chile. Os vencedores dos dois jogos se cruzam na final.

Em sua primeira convocação, a técnica sueca disse precisar de tempo para conhecer melhor as atletas. “Acho que seria um erro pegar jogadoras novas apenas porque precisamos mudar. Então vamos começar com mudanças pequenas. Essa é também uma mensagem para Yaya”, comentou Pia Sundhage.

“Nós ligamos e ela ficou paralisada ao telefone”, disse Pia. Yaya contou ao Estado que a ligação foi emocionante. “Eu queria chorar, agradecer a Deus, queria fazer tudo. É inexplicável, porque eu só tenho 17 anos e fui convocada para a seleção principal.”

Para Lucas Piccinato, técnico do São Paulo, a jovem promessa mereceu a convocação, porque é uma jogadora completa. “A Yaya tem passe, lançamento e domínio de bola muito bom. Ela finaliza bem de fora da área. É rápida. Acho que ela tem características que chamam a atenção de qualquer treinador, mesmo sendo jovem”, pontuou.

Entre suas companheiras de time no Morumbi, a goleira Carlinha diz que costuma brincar e “cornetar” muito Yaya para incentivá-la. “Se, com 17 anos, ela é tão completa assim, imagina daqui a cinco anos, evoluindo cada dia mais?”

A primeira lembrança que Yaya tem jogando futebol vem de sua infância com os primos e irmão nos fundos de sua casa em Ferraz de Vasconcelos, cidade em que morou durante toda sua vida. “Tinha de quatro para cinco anos. O meu irmão jogava no time da minha madrinha e um dia falei para minha mãe me levar para treinar com ele”, conta.

Durante os primeiros treinos, Yaya diz que ficava apenas brincando na areia. Até que finalmente tomou a decisão de pedir uma chuteira para a mãe. “No treino seguinte, minha madrinha me passava várias orientações. Foi ela que me ensinou a jogar em um time só de meninos. Tudo que sei, ela que me ensinou.”

Yaya jogou durante muito tempo futebol de salão e diz que não tinha ideia da existência do futebol feminino. “Eu achava que iria morrer em Ferraz, que nunca sairia de lá. Mas quando saímos do lugar onde vivemos, conhecemos coisas novas, outras realidades.”

A madrinha de Yaya continuou ajudando a menina. Ela levou a adolescente para participar de uma peneira no Centro Olímpico e, com 13 anos, começou a treinar futebol de campo. “Passei no Centro Olímpico sem querer jogar, porque odiava futebol de campo Minha madrinha me levava e eu ia chorando e voltava chorando. Mas com o tempo, vi que era aquilo que gostava.”

Diferentemente de muitas meninas, que não contam com o incentivo da família, Yaya sempre teve o apoio da mãe e da madrinha. Mas não foi de sua mãe que Vitória Ferreira Silva recebeu o apelido de Yaya. Foi do seu técnico no Centro Olímpico. “Eu tinha acabado de subir para o sub-15 e o treinador sempre fazia confusão com a outra Vitória do time (Vitória Moura, que hoje também está no São Paulo no sub-17). Ele me falou para assistir ao Yaya Touré, jogador francês. Assisti e pensei: ‘Caramba, ele joga muito’. Então meu técnico disse que passaria a me chamar de Yaya, porque meu estilo era igual ao dele.”

DESAFIO – Do Centro Olímpico a jogadora foi direto para o São Paulo. O convite para integrar a equipe principal veio em boa hora. “Aceitei porque foi um desafio. Não é fácil ficar longe da minha família, mas é o que quero na vida.” Os primos sempre vão aos jogos. Hoje, ela mora no alojamento do Morumbi e está terminando o 3.º ano do ensino médio. Ninguém sabe que ela é jogadora do São Paulo, ou melhor, da seleção brasileira.

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