MDB segue como maior partido de Marília, mas perde filiados
A janela para troca de partidos visando as eleições marcadas para outubro deste ano, se fechou no dia 3 de abril e, em comparação com o último pleito municipal, em outubro de 2016, foi registrada intensa movimentação entre os diretórios municipais.
O tamanho da máquina partidária se tornou especialmente importante porque, diferente da eleição para prefeito, desta vez a escolha dos vereadores não permitirá coligações entre diferentes legendas.
É importante observar que no período comparado a cidade perdeu eleitores filiados. Em 2016 eram 13.544 e agora são 13.423. Isso significa 121 a menos, ou uma pequena redução de 0,89%.
Veja abaixo um quadro que representa a situação atual e no final do texto um infográfico sobre a movimentação partidária em comparação com 2016, ambos produzidos pelo Marília Notícia com base em dados da Justiça Eleitoral.
Também vale conferir matéria produzida pelo site no mês passado sobre as trocas de partido que afetaram metade da Câmara Municipal. Ali também é possível verificar, por exemplo, o partido de cada vereador atual.
O partido do vice-prefeito Tato, o MDB – antes PMDB – segue disparado como o maior da cidade, com 2.066 filiados.
No entanto, houve uma perda significativa de 393 eleitores filiados desde 2016, o que significa debandada de quase 16%. Vale lembrar que Tato rompeu com o prefeito Daniel Alonso (PSDB) no decorrer da atual gestão.
A posição de segundo maior partido em Marília, que há quatro anos era ocupada pelo PP, agora é do PTB. As duas siglas encolheram, assim como aconteceu com quase todas as maiores legendas na cidade.
O PTB tinha 1.396 marilienses filiados em 2016 e agora são 1.325. Já no PP, que agora ocupa o posto de terceiro maior partido da cidade, eram 1.430 filiações e agora são 1.301.
Mesmo no poder, o partido do prefeito Daniel – PSDB – que figura na quarta posição do ranking atual, cresceu muito pouco. O incremento entre uma eleição e outra foi de apenas nove filiados, saindo de 1.050 para 1.059.
Assim como em 2016, o quinto maior partido mariliense é o PDT. Há quatro anos eram 1.030 eleitores inscritos e agora são 92 a menos, ou seja, 938.
Junto com o PSDB, o PT foi um dos poucos grandes partidos no município que não encolheu. O crescimento do Partido dos Trabalhadores desde outubro de 2016 foi de 9% – de 782 para 853, ou 71 filiados a mais.
Entre as dez maiores siglas da cidade no momento, também merece destaque o Patriota, antigo PEN. A legenda, que tinha 32 pessoas nas últimas eleições municipais, agora conta com 692.
O Patriota é, proporcionalmente, o partido que mais cresceu em Marília no período analisado – mais de 2000%. Isso porque houve a incorporação em âmbito nacional pelo PRP, legenda que contava com 682 marilienses filiados há quatro anos.
Outra legenda importante no pleito deste ano é o PSB, do deputado Vinicius Camarinha, que contabilizava 474 eleitores inscritos na última eleição e, desde então, perdeu 38 filiados, chegando a 438.
O pai de Vinicius, Abelardo Camarinha, que se coloca como candidato a prefeito este ano, deixou o PSB e migrou para o Podemos, antigo PTN, que recebeu 190 novos filiados e saiu de 54 para 244 inscritos. Boa parte deles, no entanto, veio com a incorporação do PHS, que tinha 177 filiados na cidade em 2016.
Já o PSD, partido do presidente da Câmara de Marília, Marcos Rezende, tinha 151 filiados no pleito passado e agora são 222 – um incremento de 71 filiações.
O PSL, que abrigou o presidente Jair Bolsonaro (hoje sem partido) nas eleições de 2018, contava com 177 filiados marilienses em 2016 e agora são 366, mais do que o dobro. É a sigla de Marcos Farto, que se coloca previamente no páreo para a Prefeitura em outubro.
Farto anunciou nos últimos meses uma possível dobradinha com o terceiro colocado na última eleição municipal, Juliano da Campestre, que agora está no PRTB, sigla que contava com 155 eleitores inscritos em 2016 e hoje são 173, ou 18 filiados a mais.