Marilienses embarcam para protesto pró-Lula
Ao menos dois grupos de marilienses participarão de grandes protestos fora da cidade em favor do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (24).
Lula será julgado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre (RS), no caso do tríplex no Guarujá. Ele foi condenado em primeira instância pelo juiz federal Sério Moro.
Uma parte dos simpatizantes do líder petista, aproximadamente seis pessoas, já embarcou na segunda-feira (22) para a capital do Rio Grande do Sul em um ônibus de manifestantes que passou pela Região.
Na quarta-feira (24) um ônibus sai de Marília com destino a São Paulo, onde também acontecem manifestações, e deve levar petistas, membros de movimentos sociais e outras pessoas em defesa do ex-presidente.
Ao Marília Notícia o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores no município, Rui Albano Barbosa, disse que o objetivo dos manifestantes em defesa de Lula é demonstrar apoio e denunciar o que ele chama de ataques injustos que o réu vem sofrendo.
“Acreditamos na inocência do Lula e vamos defendê-lo. O tríplex não é dele e está inclusive sendo penhorado da OAS, a quem o imóvel pertence”, afirma Barbosa. De acordo com o filiado do PT são 200 ônibus saindo do interior para São Paulo.
Entenda
Inconformado com a pena de 9 anos e 6 meses de prisão imposta pelo juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a Corte de apelação da Lava Jato.
Ele nega ser dono do imóvel do Guarujá, que é visto pelo magistrado, em sentença de julho de 2017, como propina de R$ 2,2 milhões da empreiteira OAS.
No julgamento da apelação, nesta quarta-feira, estão no centro do debate, além da inocência ou culpa do ex-presidente, a execução da pena após decisão de segunda instância, e a possível candidatura dele nas eleições presidenciais de 2018.
O entendimento mais recente do Supremo é de que réus condenados podem ser presos após decisão de segundo grau.
Em memorial ao Tribunal da Lava Jato, a defesa do ex-presidente reivindicou o direito de recorrer em liberdade, caso a sentença de Moro seja confirmada pelos desembargadores.