Mariliense que disputa ‘No Limite’ compartilha experiência na competição
A mariliense Amanda Momente, de 34 anos, foi uma das escolhidas para participar da 4ª edição do programa “No Limite”, da TV Globo. O reality que conta com provas de resistências física e psicológica foi gravado dentro da Floresta Amazônica.
O primeiro episódio foi transmitido na última terça-feira (18) e Momente protagonizou o primeiro momento mais difícil da competição, quando não foi escolhida por nenhuma das equipes durante a divisão de tribos.
O fato suscitou discussões sobre gordofobia nas redes sociais. Ela contou ao Marília Notícia um pouco sobre sua história e participação na disputa.
Para a empresária, a experiência foi diferente de tudo o que já viveu. “É bem estranho, eu estou até gripada. É muito louco quando a gente volta para a vida normal, parece que está em uma realidade paralela. Eu não sou uma pessoa que vai para a mata, normalmente, tenho medo de bicho, não sei como aceitei ir”, avalia Amanda.
A atual moradora de Itajaí, em Santa Catarina, compartilha que, dentro do programa, tirou forças das memórias com a família, que ainda mora em Marília, e da representatividade que tem como bandeira.
“Quando aceitamos um desafio como esse, a gente aceita representar a comunidade, porque eu sou uma mulher gorda. Então isso me fortaleceu bastante, além de pensar no meu filho, para ele ver que pode fazer o que quiser”, declara.
SUPERAÇÃO
Apesar de ter sido criada e se considerar mariliense de coração, Amanda mora em Itajaí (distante 700 quilômetros de Marília) e leva uma vida de estrada para divulgar sua marca de roupas, criada exclusivamente para dar conforto e segurança a pessoas gordas que buscam fazer exercícios físicos de alta performance.
A empresária lembra que o despertar para esse mercado veio em 2017, após o nascimento do filho Arthur, hoje com 9 anos.
“Foi quando voltei a fazer atividade física e alguns personal trainers não aceitaram me acompanhar, porque diziam que se ‘queimariam’. Foi o personal Tiago que me aceitou, e eu até falei para ele na época que queria uma roupa para treinar, mas não existia. Então fundei a minha marca, e acho que por isso acabei indo para o programa”, conta Momente.
A ideia de Amanda acabou rendendo até um prémio da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp). “Por ter uma simples calça legging que não enrola o cós e não fica transparente”, detalha.
QUEBRANDO PADRÕES
Amanda acredita que “entregou conteúdo” e que as pessoas puderam conhecer um pouco mais sobre quem ela é.
“Eu tenho uma felicidade irritante, sou muito otimista, é o meu estilo de jogo. O primeiro episódio foi bem importante, porque mostra que eu sobrei. As pessoas me julgaram pelo meu corpo, porque eu sou uma pessoa fora do padrão”, compartilha a empresária.
“Isso acabou dando uma polêmica. Elas subestimam um corpo como este para o estilo de vida e um programa com esse”, lamenta a mariliense.