Mariliense medalhista em olimpíada de astronomia fala ao MN
O mariliense Lucas Pinheiro, de 18 anos, cursa o terceiro ano do ensino médio, tem mais de 20 medalhas de olimpíadas de diversas matérias e acaba de ser laureado com sua primeira conquista internacional.
A medalha de bronze foi obtida na 12ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês) em Pequim, na China, de onde ele chegou na noite de segunda-feira (12) depois de passar pouco mais de dez dias.
“Pretendo fazer faculdade nos Estados Unidos”, disse o jovem em entrevista ao Marília Notícia nesta terça-feira (13). Lucas tem apenas mais algumas semanas de aula e se prepara para prestar diversos vestibulares.
Ele ainda não tem certeza do curso que quer fazer no ensino superior, mas não parece estar tão preocupado com isso. “Nos Estados Unidos posso fazer um ou dois anos de aulas antes de definir minha área”.
Entre as várias medalhas que o rapaz já ganhou em disputas nacionais, estão prêmios obtidos em disciplinas de matemática, química, física e robótica. “Acho que devo ir para a área de física ou alguma engenharia, mas não decidi”.
Para ser selecionado para o evento chinês, Lucas passou por diversas triagens após participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) de 2017. Selecionado entre 3 mil alunos, ele fez uma prova online e ficou no meio dos 150 finalistas.
Mais uma peneira no Rio de Janeiro, em março, levou o estudante de Marília para a próxima etapa, um treinamento intensivo para 30 alunos. No final, apenas cinco foram chamados para disputar a olimpíada internacional.
Já na China, ele diz ter se deparado com provas muito “complicadas e desafiadoras”, algumas delas em grupo, mas a maior parte individual. “São provas teóricas e de análise de dados, próximo daquilo que um astrônomo faz, e observacionais com telescópio”, detalha.
A atividade em grupo envolveu a medição da altura de uma montanha em uma espécie de distrito de Pequim. “As provas individuais são mais convencionais. As em grupo são mais diferentes, para interagir com estudantes de outras partes do mundo”.
Sobre o resultado de Lucas e sua equipe, ele se disse satisfeito. “Tirei uma nota alta e deu para conseguir a medalha de bronze. Na equipe brasileira, de modo geral, todo mundo tirou nota bem alta”.
As medalhas são dadas por nota obtida. A média das três melhores pontuações é considerada nota máxima. Acima de 50%, o estudante obtém menção honrosa. Acima de 65%, é bronze. Acima de 75%, prata. Para conseguir a medalha de ouro, é preciso acertar mais de 90%.