Mariliense é notícia por ter trabalhado para a máfia japonesa
Filho de pai condenado por tráfico e assalto, o mariliense Rui Katakura foi mandado ao Japão ainda jovem para não virar “bandido”, mas lá acabou entrando para a Yakuza, organização nipônica transnacional, considerada a maior máfia do mundo.
Conhecido como Pezão, hoje o filho de Marília tem 39 anos e diz que há quase dez conseguiu autorização para deixar o violento grupo, que possui envolvimento com inúmeros tipos de crimes.
Sua história acaba de ficar famosa com revelações feitas a uma equipe de jornalismo – que cobre os Jogos Olímpicos – do portal UOL.
O texto impressiona. Em um de seus relatos, o mariliense conta que chegou a assistir a um mafioso cortar o próprio dedo, como forma de pedir perdão ao grupo criminoso.
A apuração quanto aos fatos narrados, segundo o autor da reportagem Felipe Pereira, envolveu confirmações com o jornalista norte-americano Jake Adelstein, que vive em Tóquio e já escreveu alguns livros sobre a Yakuza.
Assim que desembarcou no Japão, Pezão se instalou em Fuji. Mas precisou se mudar para Toyohashi – onde entrou para a máfia – por problemas pessoais. A princípio, como é de praxe, ele limpava um dos escritórios da máfia, mas com seu 1,88 metro de altura logo virou segurança.
Era 2003, e ele ganhou um novo nome: Ryuuko, que em português é algo como Tigre e Dragão. Bom de briga, em pouco tempo, o mariliense galgou degraus e subiu na hierarquia da máfia japonesa.
Passou a ser temido e respeitado, ganhava muito dinheiro – a ponto de andar de Rolex no pulso e dirigir carros de luxo. Mas depois de ser preso e passar a correr o risco de ser deportado, deixando para trás esposa e filhos japoneses, Pezão decidiu pedir para deixar o grupo.
O mariliense precisou se ajoelhar diante do chefe da Yakuza e pedir baixa. A condição foi de que ele deixasse as atividades criminosas e fosse proibido de ganhar dinheiro usando o nome da Yakusa.
Hoje, o mariliense trabalha em uma indústria e leva uma vida correta, mas continua com o convite para voltar ao grupo quando quiser – o que ele refuta veementemente.
Leia a íntegra da reportagem do UOL, [clique aqui].