Marília terá retotalização de votos pela Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral deve realizar nas próximas semanas uma retotalização dos votos na eleição municipal de Marília.
Antes disso, ainda deve ser publicado um edital informando publicamente data e horário do procedimento, para participação de representantes dos partidos políticos e outros eventuais interessados.
No caso da disputa pelo Executivo, nada deve mudar na prática, já que o vencedor do pleito, Daniel Alonso (PSDB), teve sua candidatura deferida pela Justiça Eleitoral.
Quem terá seus votos anulados é o segundo colocado, Abelardo Camarinha (Podemos), escolhido por 35 mil marilienses nas urnas. O registro indeferido de sua candidatura transitou em julgado no dia 6 de dezembro.
Também foi definitivamente considerada indeferida a candidatura de Lilian Miranda (PCO), que recebeu apenas 122 votos.
A única mudança nesse caso é a ampliação do percentual de votos válidos recebidos pelos demais candidatos. Daniel já havia levado mais de 50% deles na totalização realizada no dia da apuração.
Câmara
Já em relação à Câmara, segundo fontes do cartório eleitoral, pode haver sim mudança na composição dos eleitos. O motivo é a anulação dos votos recebidos por candidaturas indeferidas.
A eventual troca de vereadores, no entanto, só será definida com certeza no dia da retotalização, após inserção dos novos dados, considerados definitivos.
A reportagem apurou que a retotalização dos votos para o Legislativo mariliense ainda não aconteceu por conta de recursos apresentados por candidatos que foram para as urnas na condição de sub judice. Mesmo não sendo eleitos, eles podem mexer com o coeficiente eleitoral se tiverem seus votos anulados.
São dois casos envolvendo a Câmara e um deles diz respeito ao Gordão da Portuguesa (Republicanos), que teve a candidatura indeferida em primeira instância, mas recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele recebeu 112 votos.
Seu recurso foi negado e o indeferimento do registro da candidatura transitou em julgado no último dia 26 de janeiro.
O segundo caso é de Fábio Protetor (PSB), que teve sua candidatura a vereador inicialmente deferida, mas após recurso da coligação do prefeito Daniel Alonso ao TRE, passou a ser considerada indeferida.
Fábio foi para a urna na situação de candidatura ‘deferida com recurso’. Ele aguarda definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre seu recurso especial. Escolhido por 1.105 eleitores, Protetor pode ter os votos anulados em definitivo.
Recursos
A Justiça Eleitoral, em âmbito municipal, aguarda a definição de todos os quatro processos citados nesta matéria por parte do TRE e do TSE. Apenas a ação de Fábio Protetor ainda não retornou para a instância local.
Para que não fossem feitas diversas retotalizações, o cartório de Marília decidiu aguardar a definição do último caso pendente de trânsito em julgado – ou seja, quando estão esgotadas as possibilidades de recursos.