Marília tem novo pico na ocupação de UTIs e se aproxima de colapso
Com a internação de mais quatro pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nas últimas 24 horas, a situação que já era grave em relação a taxa de ocupação de leitos na cidade agora atinge o patamar mais elevado desde o início da pandemia. O percentual de ocupação está em 82,86%, conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde.
Não há mais vagas em terapia intensiva na Santa Casa de Marília. Dos 18 leitos reservados para pacientes com sintomas respiratórios agravados, todos estão ocupados.
No Hospital Beneficente da Unimar (HBU) o número se manteve estável nas últimas 24 horas, com 24 dos 26 leitos ocupados – 92,3% de ocupação.
Já no Hospital das Clínicas, que atende, prioritariamente pacientes de outros municípios da região – referência para 61 cidades – agora são 15 leitos sendo utilizados, dos 26 instalados (57%). São dois pacientes a mais, entre esta segunda e terça-feira.
Mais cedo, durante coletiva de imprensa em que foram anunciadas medidas de restrição, como o fechamento de atividades não essenciais nos próximos dois feriados prolongados, o secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto, pediu que as pessoas evitem receber visitas e se aglomerar em confraternizações.
“Quero deixar bem claro isso. Não é questão de obedecer ao decreto, mas de atender a necessidade que temos no nosso município. É olhar para o que está acontecendo em Marília. O crescimento no número de casos está muito acelerado”, alertou.
Cássio lembrou que a transmissão é comunitária, ou seja, não é mais possível identificar a fonte da contaminação, na maioria dos casos. “Muitas pessoas são assintomáticas e podem transmitir a doença para outras, mais vulneráveis, e todos vamos sofrer as consequências”, advertiu o secretário.