Marília melhora índice que mede infestação de larvas do Aedes Aegypti
Marília apresentou uma melhora significativa em relação ao índice de infestação de larvas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e febre chikungunya.
O LIRAa (Levantamento rápido de índices para Aedes aegypti) realizado no mês passado apontou que 0,3% dos imóveis tinham larvas. Quando esse índice – chamado de índice predial – fica abaixo de 1, a classificação é tida como ‘satisfatória’.
Foram visitados 2.373 imóveis na cidade. A zona Norte é a região da cidade que tem mais casas com larvas do mosquito.
Já o índice Breteau, que mede a densidade larvária, também é de 0,3% em Marília. De acordo com a Organização Mundial da Saúde OMS), de 1% até 3,9% o caso é de alerta. Acima de 4% a situação é de risco de epidemia.
O cálculo leva em conta, por exemplo, o número de recipientes com larvas por quarteirão, quantidade de imóveis positivos e diversas outras questões.
Os dados mais recentes constam no Sistema de Informações da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).
A queda no índice era esperada, já que o tempo seco e a falta de chuvas influenciam fortemente a existência de criadouros, ou seja, recipientes com água parada.
Outro fator que ajudou no resultado foi o mutirão de limpeza realizado pela Prefeitura de Marília em abril. Foram coletadas 778 toneladas de materiais inservíveis e possíveis criadouros do mosquito.
O Marília Notícia publicou reportagens com exclusividade sobre a situação de ameaça de um possível surto em que a cidade se encontrava nos primeiros meses do ano – quando o índice Breteau era de 4,7%.
Até agora a Secretaria da Saúde de Marília confirma 34 casos de dengue em 2018. Em todo o ano passado foram 66.
Boas novas
Desde o final do ano passado Marília faz parte de testes de uma nova técnica que utiliza o próprio mosquito para reduzir a população de vetores, transportando larvicida nas patas e contaminando outros criadouros.
O trabalho é desenvolvido com apoio dos servidores do município, orientação e suporte técnico da Sucen e engajamento dos bolsistas da Fundação Oswaldo Cruz, que atuam em Marília.
A etapa atual começou em novembro de 2017 e vai durar dois anos, Marília é o único município do interior incluído na lista. Os demais são capitais: Fortaleza, Recife e Natal (Nordeste); Goiânia (Centro-Oeste) e Belo Horizonte (Sudeste).