Marília tem ‘boom’ nos casos de dengue com alta de 925%
A Divisão de Vigilância Epidemiológica de Marília confirmou, até o dia 10 de fevereiro, 41 casos de dengue na cidade. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o número equivale a um aumento de 925%. Em 2022, até a 6ª semana foram constadas apenas quatro pessoas positivadas com a doença.
Os dados são do Informe Semanal dos Agravos de Notificação Compulsória, gerado pela Secretaria Municipal da Saúde.
As confirmações foram feitas na USF Jardim Cavallari, Santa Casa de Marília, UBS Nova Marília, UBS Planalto, USF Figuerinha, USF Santa Antonieta III, Hospital Beneficente da Unimar (HBU), Pronto Atendimento Unimed, USF Padre Nobrega II, UBS Chico Mendes, USF Vila Barros, USF Bandeirantes, USF São Miguel e USF Jardim America IV.
Conforme noticiado pelo Marília Notícia, o município corre o risco de surto da doença. A classificação foi alterada pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) após o término do novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro.
Em 2022, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo, Marília confirmou 1.042 casos autóctones (contraídos no próprio município) de dengue e 18 importados, totalizando 1.060 infectados.
ALERTA
Atualmente, a cidade conta com cerca de 120 mil imóveis, o que torna difícil a vistoria em 100% deles. Em apenas sete dias, o mosquito atinge sua fase adulta, quando começa a voar e picar. Sendo assim, o controle nas residências torna-se ainda mais dificultoso, haja vista a rapidez da reprodução e evolução do inseto.
O Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças, é um inseto doméstico que se reproduz em água parada, onde as fêmeas depositam seus ovos. Estima-se que uma só fêmea possa espalhar ovos em um raio de quase 1 km. Em cerca de dez dias, o ovo se torna mosquito adulto e começa a picar para garantir sua sobrevivência, já que se alimenta do sangue humano. O ciclo de vida do inseto é de cerca de 30 dias.