Marília tem 66% de seus orelhões desativados em seis meses
Desde janeiro 66% dos orelhões existentes em Marília foram desativados, de acordo com Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No começo do ano eram 950 unidades e hoje só restaram 321.
Do total, 16 estão em manutenção e um dos principais motivos para isso é a ação de vândalos. Mesmo assim, a agência reguladora considera satisfatório que mais de 95% dos telefones públicos da cidade estejam em funcionamento.
Apesar do aumento no ritmo de retirada dos aparelhos das ruas, a redução na quantidade de orelhões já vem ocorrendo nos últimos anos.
No entanto, a Anatel afirmou ao site que não possui dados históricos referentes aos municípios para comparações mais distantes na linha do tempo.
Já a Vivo, responsável pelos telefones públicos no Estado de São Paulo, se negou a responder a demanda da reportagem sobre quantidades de orelhões disponíveis em Marília hoje e no passado.
A empresa se limitou a fornecer uma nota sobre a política que está sendo implementada. A explicação para a entrada em extinção dos orelhões é o avanço do uso de celulares e internet móvel em todo o País nos últimos anos.
Na manhã desta segunda-feira (8) a equipe do Marília Notícia conversou com o programador Leandro da Costa, de 30 anos, enquanto ele seguia para seu trabalho na zona Oeste da cidade. Sua resposta corrobora com a explicação da Vivo.
Ao passar ao lado de um orelhão, o jovem foi questionado sobre sua frequência de utilização daquele aparelho. “Acho última vez que usei um orelhão eu que era pequeno ou talvez adolescente. Certamente faz mais de dez anos. Hoje estou sempre com o celular”, respondeu.
Operadora
A Vivo explicou que “com as novas tecnologias de comunicação, em especial o massivo uso serviço móvel e a crescente demanda por uso de dados e expansão da rede 4G, a utilização dos orelhões está em acentuado declínio”.
Entre janeiro e dezembro do ano passado os telefones de uso público do Estado de São Paulo tiveram, em média, utilização de um crédito a cada quatro dias, sendo que mais da metade não teve utilização alguma.
“Dessa pequena parte da base ainda utilizada, quando comparamos os dois primeiros meses de 2019 com o mesmo período de 2018, este uso caiu mais 50%”, informou a empresa.
Desde março teria sido iniciada a retirada massiva de orelhões das vias públicas, considerando a demanda dos consumidores e a disponibilização em locais obrigatórios. O investimento será revertido para ampliação de oferta de internet 4G.
A medida estaria em conformidade com determinações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
“Os equipamentos recolhidos serão reaproveitados para fins de manutenção e substituição em casos de vandalismo, ou destinados conforme as normas ambientais vigentes”, disse a Vivo. Um quarto dos orelhões seriam alvo de danos provocados intencionalmente todos os meses.