Marília tem 13 áreas com alto risco para desastres com chuvas
Marília enfrenta desafios relacionados a áreas de risco geológico, principalmente, nestes períodos chuvosos. Um estudo realizado em 2013 e revisado em 2019 pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), também conhecida como Serviço Geológico do Brasil, identifica 13 pontos de alto e muito alto risco na área urbana da cidade, que devem ficar em alerta neste fim de ano, com o retorno das instabilidades do tempo.
As áreas de risco estão concentradas principalmente nas bordas das escarpas que caracterizam o relevo da região. A ocupação irregular de terrenos em áreas de favelas, com construções muito próximas às encostas dos gigantescos itambés, agrava ainda mais a situação.
De acordo com o estudo do Serviço Geológico do Brasil, os principais riscos mapeados são: deslizamentos, que podem ocorrer em encostas com presença de solo ou rocha; enxurradas, causadas pelo mau dimensionamento do sistema de drenagem de águas das chuvas, podem intensificar a erosão e o transporte de lixo para as áreas mais baixas; e o solapamento de margens, erosão nas margens dos córregos, provocada pela força da água, que podem comprometer a estabilidade das construções próximas.
No Jardim Santa Antonieta e Parque das Nações, são dois pontos pela rua Luiz Candeloro, onde existem riscos de enxurradas e deslizamentos. No Parque Nova Almeida foi constatado risco de enxurradas, erosão e deslizamentos na rua Manoel Mansano Caraco. Ainda na zona norte de Marília, na Vila Barros, pela rua Salvador Salgueiro, existe risco de deslizamentos e solapamento de margens em quatro pontos.
Pela zona oeste, no Jardim América, na rua José Guimarães Togni, foi constatado risco de enxurradas, solapamento e deslizamentos. No Jardim Bandeirantes, o risco fica na rua Joaquim Ferreira Évora, que pode ter enxurradas e deslizamentos. No Argollo Ferrão existe risco de deslizamentos, enxurradas e solapamento nas ruas Pedro Roberto Sibilhano e Roberto Vieira da Costa.
O Serviço Geológico do Brasil constata também riscos de enxurradas e erosão na rua Jácomo Bertoline, na Vila Real. Na mesma região de Marília, existe risco de deslizamentos na rua Arlindo Borges, no bairro Nova Marília III, e Homero Zaninoto, pela rua Antônio Zumioti Sobrinho, com riscos de enxurradas e solapamento.
O estudo que consta no sistema da Defesa Civil do Estado de São Paulo também destaca áreas que necessitam de monitoramento constante, pois apresentam risco baixo ou médio de alagamentos.
Entre elas estão o entroncamento da rua Bahia com a avenida Ipiranga, no Centro; rua Independência, no bairro Palmital; rua Roque Montefusco, no bairro Palmital; rua Maria Francisco Camargo, no Jardim Santa Antonieta; e rua Demerval Pereira, no Jardim Marina Moretti.
A falta de saneamento básico adequado e o descarte irregular de lixo são apontados como fatores que agravam a situação de risco em diversas áreas. O relatório ainda enfatiza a importância da ação preventiva da administração municipal, com a fiscalização da ocupação urbana em áreas de risco e a implementação de medidas para mitigar os problemas existentes.
O Marília Notícia questionou a Prefeitura de Marília, na última sexta-feira (1º), sobre as áreas de risco existentes na cidade, mas até o fechamento desta reportagem não recebeu nenhum posicionamento sobre o assunto.
Como não houve retorno, não é possível saber se algo já foi feito para proteger as pessoas que vivem nessas localidades ou se o risco ainda é iminente. Se houver manifestação da administração municipal, o texto será atualizado.
Faça parte do nosso grupo de WhatsApp. Entre aqui!