Marília só poderá ser reclassificada na próxima sexta-feira
Com inúmeras regras e diferentes indicadores avaliados – novas internações e óbitos, além de leitos disponíveis, o Plano São Paulo, adotado pelo Governo do Estado para determinar a regressão e progressão na abertura das atividades, pode gerar confusão. O Marília Notícia tira algumas das principais dúvidas.
A mais relevante é sobre a mudança de fase. Conforme esclarece a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, semanalmente acontece a reclassificação de diferentes regiões.
A progressão depende, necessariamente, da redução no número de casos e de óbitos, além de sustentabilidade no número de leitos disponíveis, por um período de pelo menos 14 dias anteriores à última reclassificação de fase que determinada região sofreu – no caso de Marília feita no último dia 19 de junho.
Já a regressão – quando uma região recebe determinação para endurecer as regras – acontece com base nos mesmos indicadores dos últimos sete dias.
Dessa forma, na próxima sexta-feira (3), a região de Marília dependerá dos resultados da pandemia entre os dias 26 de junho e 02 de julho para ficar estacionada na fase em que está, mais restritiva.
E dependerá dos resultados do período entre os dias 19 de junho e 02 de julho para eventual progressão “à fase dois – laranja”, em que o comércio de rua, shoppings concessionárias e imobiliárias poderão funcionar por até quatro horas com atendimento ao público.
O Comitê de Contingenciamento de São Paulo entende que, o aumento no número de internações e de mortes em sete dias já é suficiente para detectar piora do quadro. Já a melhora demora mais tempo para ser sentida, demandando pelo menos 14 dias de análise.
“O anúncio de alteração de fase é realizado às sextas-feiras. A classificação ocorre de acordo com os indicadores medidos pelo período de sete dias em relação à semana anterior, sendo necessário queda nos dados por 14 dias para avanço de fase ou aumento nos números para regresso de fase medidos nos últimos sete dias” diz nota do governo estadual.
Capacidade hospitalar
A região de Marília, que compreende 62 municípios, poderia ser classificada na “fase 4 – verde”, se fosse levada em conta apenas os indicadores de capacidade hospitalar.
A avaliação do governo paulista aponta que a região tinha, na quinta-feira (25), 34,8% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicos para Covid-19 ocupados. São 10,9 leitos para cada 100 mil habitantes.
Evolução da pandemia
É nesse conjunto de indicadores que a região se esbarra para avançar na reabertura. A variação de casos foi de 2,97 (praticamente o triplo em 14 dias) e de 1,38 nas internações (aumento real de 138%) no mesmo período.
O número de óbitos também avançou, teve aumento de 44% em 14 dias na região. Por prevalecer o indicador com menor desempenho – no caso evolução da pandemia – o Comitê de Contingenciamento decidiu pela não evolução da região de Marília.
Os novos resultados serão divulgados na próxima sexta-feira (3). Mais informações podem ser obtidas pelo site www.saopaulo.sp.gov.br/planosp .