Marília registra dois anos de queda nas notificações de hepatite
Marília registrou dois anos seguidos – em 2017 e 2018 – de queda nas notificações sobre novos casos de hepatite B e C, a mais comum. Desde 1999 foram constatados 290 casos do primeiro tipo e 745 do segundo. As principais vítimas são os homens.
Os dados são do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.
No caso da hepatite C o ano passado foi o que menos registrou novos casos desde 2006, quando os dados estão disponíveis para consulta anual. Em 2018 a quantidade de notificações representou quase metade do pior ano da série, 2011.
No entanto, quando se observa os dados do tipo C por sexo, a situação das mulheres levanta um alerta para 2018. Entre elas, a incidência de novos casos aumentou.
A taxa de casos a cada 100 mil habitantes delas subiu de 10,1 para 11,8 entre 2017 e 2018. Por outro lado, a taxa entre os homens caiu de 25,6 para 22,1.
Hepatite C
O tipo C da hepatite é doença de evolução lenta e silenciosa, causada por um vírus (HCV) que provoca uma inflamação aguda ou crônica do fígado, segundo o Ministério da Saúde.
Em muitos casos, a doença não apresenta nenhum sinal ou sintoma, levando a um diagnóstico tardio, o que aumenta os riscos de a infecção evoluir para formas mais graves, causando cirrose hepática e câncer.
Do total de pessoas infectadas pelo vírus, aproximadamente 60% a 85% evoluem para a forma crônica da doença.
Atualmente, mais de 500 mil pessoas convivem com o vírus C da Hepatite e ainda não sabem, de acordo com o Governo Federal.
Estima-se que, no Brasil, aproximadamente 1 milhão de pessoas tenham tido contato com o vírus da hepatite C.
A maior concentração de casos de hepatite C está entre a população acima de 40 anos de idade.
Desde 2015, o SUS já distribuiu 76 mil tratamentos para hepatite C, com um investimento de cerca de 2 bilhões de reais.
Tipo B
Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa, também chamada de soro-homóloga, e pode se desenvolver de duas formas, aguda e crônica.
Como o HBV está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente a vacina contra a hepatite B em qualquer posto de saúde.
A imunização só é efetiva quando se tomam as três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.