Marília recebe delegação da Nova Zelândia
Polo econômico, cultural e de educação na região, Marília reforçou nesta sexta-feira (24) sua capacidade de interlocução com o mundo através de instituições, empresas e líderes de destaque. A cidade recebeu a vice-embaixadora da Nova Zelândia no Brasil, Jannine McCabe, o vice-cônsul Geral em São Paulo, Christopher Metcalfe, e a gerente educacional do consultado, Ana Azevedo.
A comitiva foi recebida na Prefeitura de Marília por autoridades municipais, dirigentes da área acadêmica, profissionais da área de Relações Internacionais, entre outras lideranças. A visita faz parte da “Semana da Oceania”, um evento da Unimar (Universidade de Marília).
A agenda e trabalho da embaixada neozelandesa no Brasil estão focados em setores como educação, agricultura, negócios e turismo. O país se destaca como apoiador de projetos de desenvolvimento regional e comunitário de pequeno porte, além de projetos de diplomacia pública e parcerias estratégicas com o Governo Federal e os Estados.
Em Marília, além da recepção oficial no auditório da Prefeitura – houve uma dança dos alunos da Apae -, seguida de uma apresentação da Nova Zelândia por Jannine McCabe, o grupo participou de visita a escolas municipais, à Unimar e reunião na Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília).
“Nosso país é multilateralista e compartilhamos nossas visões com o Brasil em muitas questões. Acreditamos na economia inclusiva, na inovação, nas soluções que reduzem não somente custos financeiros, mas ambientais. Estamos encantados com o momento que vivemos nessa relação bilateral Nova Zelândia-Brasil e nos alegra conhecer uma cidade tão acolhedora e dinâmica como Marília”, disse a vice-embaixadora.
O secretário Helter Rogério Bochi representou o prefeito Daniel Alonso, acompanhado da primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Selma Regina Alonso. A recepção da comitiva contou ainda com as participações dos vereadores Marcos Rezende, presidente do Legislativo, e Maurício Roberto, que tem atuado em iniciativas de internacionalização no município.
SEMANA DA OCEANIA
Não por acaso a Unimar promoveu a “Semana da Oceania”, conquistando a visita da delegação. Entre os países da América Latina, o Brasil é o maior parceiro na área de educação. A cada ano mais de 3.300 brasileiros partem em direção à Nova Zelândia.
A Unimar participou da recepção na Prefeitura com a presença de Fernanda Mesquita Serva, Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, e Walkiria Martinez Heinrich Ferrer. A acolhida à delegação teve também participação da Unesp e Fajopa.
RELAÇÕES BILATERAIS
Brasil e Nova Zelândia são países membros da Coalizão da Nova Agenda (CNA), um grupo de seis países focados no desarmamento nuclear. Ambos são grandes produtores de alimentos, com a diferença de que o arquipélago convive com a falta de espaço, o que estimulou ainda mais o uso de tecnologias de ponta, para elevar produtividade e qualidade.
Reconhecendo a importância e os crescentes fluxos comerciais, de turismo e de educação, a Nova Zelândia abriu escritórios da Trade and Enterprise/NZTE (1996), Educação/ENZ (2008) e Turismo /TNZ (2013) em São Paulo e um Consulado Honorário no Rio de Janeiro (2014).
Cerca de 17 mil brasileiros visitam a Nova Zelândia a cada ano, o que faz do Brasil um dos principais emissores de turistas ao arquipélago. O Visto para Trabalho e Férias (New Zealand-Brazil Working Holiday Scheme) permite a jovens brasileiros trabalharem naquele país por até 12 meses.
SOBRE A NOVA ZELÂNDIA
Monarquia parlamentarista, o país é o segundo maior da Oceania, formado por um arquipélago com mais de trinta ilhas. Aproximadamente 70% da população é de ascendência anglo-saxã, cerca de 15% de maori e cerca de 16% de asiáticos e polinésios não maori.
O país ocupa a nona posição mundial no que tange ao índice de desenvolvimento humano (IDH) e detém a 24ª posição entre as mais altas rendas per capita no mundo.
A Nova Zelândia tem forte tradição democrática. A Rainha Elizabeth II é chefe de Estado representada pelo Governador-Geral. Em 1993, o sistema eleitoral bipartidário foi substituído pelo proporcional misto.
Apesar disso, os Partidos Trabalhista e Nacional continuam a se revezar no poder e, desde a década de 1980, vêm adotando políticas de liberalização econômica, eliminação de subsídios ao setor agrícola, redução das tarifas de importação, privatização de estatais e diminuição dos fatores de proteção social do Estado do bem-estar social.