Marília paga a conta e arca com aluguéis de serviços estaduais e federais
Prorrogado mais uma vez, o valor do aluguel da sede da Justiça Eleitoral chegou ao dobro do inicial assinado em contrato, em 2019, com a empresa proprietária do imóvel localizado no Centro da cidade.
Os R$ 28 mil mensais sairão dos cofres municipais, apesar de o atendimento estar vinculado ao Poder Judiciário, e não ao Executivo que administra a cidade ou tampouco ao Legislativo, com representação local pela Câmara de Vereadores.
A Justiça Eleitoral está em uma extensa lista de serviços essenciais cujos aluguéis são pagos pela administração municipal através de convênios para que possam estar à disposição da população de Marília e até da região.
O custo mensal chega a R$ 200 mil, equivalente a um terço de todas as despesas do gênero na cidade com órgãos próprios – secretarias, divisões e outras unidades municipais – hoje acomodadas em propriedades privadas.
Além da Justiça Eleitoral, Marília também paga o imóvel que abriga os cartórios e gabinetes dos juízes das varas criminais e da Fazenda na avenida Tiradentes, no bairro Fragata, ao custo mensal de R$ 19,6 mil.
MAIS CAROS
Segundo relação de contratos de locação de imóveis disponível no Portal da Transparência, a Prefeitura de Marília mantinha 72 endereços locados. O custo mensal chegava a R$ 747 mil por mês [confira aqui].
Os atendimentos, programas e serviços mantidos pelos governos estadual e federal somavam 22 endereços espalhados pela cidade – a maioria da saúde, mas também da assistência social, administração penitenciária e educação.
Entre estes, o aluguel mensal mais caro é o do prédio que sedia a Faculdade de Tecnologia (Fatec) e Escola Técnica Estadual (Etec): R$ 50,7 mil, seguido pelo outro já citado no início deste texto.
Ainda pelo governo paulista, Marília mantém as sedes do Bom Prato (R$ 10,7 mil), Procon (R$ 8,2 mil), a unidade de atendimento de reintegração social e cidadania (R$ 5 mil). E, por falta de pagamento pela Prefeitura e discordância em relação a obras no prédio, o Projeto Guri mudou de endereço.
MAIORIA FEDERAL
Outros 12 endereços estão vinculados a programas e serviços do governo federal. Quatro deles são exclusivos para o Serviço de Residência Terapêutica (SRT). Juntos, custam R$ 18,2 mil por mês ao município.
Os demais são o Capsi (R$ 12 mil), a sede do Remédio em Casa (R$ 9,8 mil), o Cadastro Único (R$ 8,2 mil), Caps (R$ 8 mil), Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (R$ 8 mil), Cras (R$ 3 mil), a Farmácia Popular da Zona Sul (R$ 3,1 mil) e a unidade do Melhor em Casa (R$ 1,8 mil).
TG E SENAI
A manutenção do Tiro de Guerra em Marília incluiu o pagamento de aluguéis de duas residências. Uma para “extensão de atividades” (R$ 1,8 mil), no bairro São Miguel, e outra (R$ 2,3 mil) para abrigar o chefe de instrução.
A sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) José Polizotto, na avenida Sampaio Vidal, também está em área alugada e paga pelo município ao custo mensal de R$ 10,9 mil.
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